Aos nossos leitores e leitoras,
Informamos que a Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais está entrando em período de recesso. Retornaremos com nossos informes em 2021.
Desejamos a todos e todas um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, com votos de esperança de dias melhores para o novo ano que se aproxima!
Usem máscara, cuidem de vocês e de seus familiares!
Até 2021!
Quando se pensa em inovações para o desenvolvimento da sociedade, normalmente são lembradas as tecnologias convencionais, como os celulares, computadores e a internet, por exemplo, mas para pensar em um mundo no futuro, é necessário o reconhecimento e utilização de tecnologias voltadas para o social.
Visando a sustentabilidade, empreendedorismo social, economia solidária, modelos educacionais diferenciados, a promoção da saúde, entre outras dezenas de áreas, as tecnologias sociais são aliadas no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
É a partir delas que muitos locais e populações do Brasil e do mundo conseguem ter acesso à serviços básicos de saúde, educação, moradia, empregabilidade, agricultura, entre outros, utilizando as tecnologias convencionais como aliadas no desenvolvimento sustentável, não visando o lucro do capital.
Portanto, voltando à reflexão que serve como título, como a tecnologia social pode auxiliar nos ODS? São 4 aspectos que se destacam para a construção de um projeto de tecnologias sociais que auxilie no cumprimento das ODS: Simplicidade, Baixo custo, Reaplicabilidade e Impacto social comprovado.
Levando em conta esses aspectos, além de muitos outros, tendo em vista também que tecnologias sociais não são experiências que devem ser fechadas “dentro da caixa”, é possível auxiliar nos objetivos de desenvolvimento social e sustentável para um mundo do futuro.
Fonte:Iberdrola
O dia 20 de novembro é marcado como o dia da Consciência Negra, sendo feriado em muitos estados brasileiros. Porém, para muito além de um dia no calendário formal, este deve servir como um momento de reflexão de toda a população para a luta antirracista.
A Abong – Associação Brasileira de ONGs – criada em 1991 e com o objetivo de fortalecer o trabalho das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) brasileiras, na defesa e promoção dos direitos e bens comuns, lança a cartilha de Combate ao Racismo Institucional.
Unindo forças com a Ação Educativa, é lançada a cartilha, elaborada, produzida e construída de forma colaborativa, a partir da sistematização de experiências de luta para se promover a igualdade de gênero e racial em todos os contextos institucionais.
Conforme destacam as escritoras do material, Ana Paula Maia, Fabiana Santos, Juliane Cintra, Michele Dayane e Raquel Luanda, lideranças negras do Grupo de Referência de Enfrentamento e Prevenção ao Racismo Institucional da Ação Educativa (GEPRI):
“(…) escreveremos em primeira pessoa, desde o centro, descolonizando o conhecimento, propondo uma jornada de reconhecimento e reparação por meio da mudança de estruturas e do abandono de privilégios, deslocando, ainda que somente durante o período da leitura, o olhar sobre os nossos corpos.”
O racismo institucional não se combate sozinho, mas em uma luta conjunta e de enfrentamento. A cartilha traz um apanhado histórico de acontecimentos, legislações e políticas públicas definidas, dados e explicações, para que o leitor e a leitora compreendam o que é o racismo, como ele se dá nas instituições e que ações podem ser tomadas para acabar com a sua disseminação. Para ter acesso ao material completo, clique aqui.
Fonte: Abong
Na segunda-feira, dia 16 de novembro, às 17 horas, acontece o Webinário “Ilumina 4 anos depois”, uma roda de conversa com alunos e egressos do curso de bacharelado em Segurança Pública e Social da UFF, e membros e ex-membros da Ilumina Empresa Jr., do curso de Segurança Pública.
Entre seus participantes, está o professor doutor Thiago Renault, ex-diretor da Agência de Inovação da UFF (2015-2017) e professor adjunto da cadeira de empreendedorismo no curso de administração da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Thiago é bacharel em Ciências Econômicas (UFRJ), mestre em Engenharia de Produção (UFF) e doutor em Engenharia de Produção (UFRJ).
A mesa também é composta pela professora doutora Luciane Patrício, chefe da Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais, da Agência de Inovação da UFF e professora adjunta do Departamento de Segurança Pública (DSP/UFF). Luciane é bacharel em Ciências Sociais (UFRJ), com especialização em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança (UFF) e em Gestão dos Direitos Humanos: Teoria e Prática (UCAM), mestre e doutora em Antropologia pela UFF.
Será um evento online, com transmissão pelo canal do InEAC no YouTube, que contará a trajetória da Ilumina, relembrandos conquistas e acontecimentos marcantes.
O Prêmio Lévi-Strauss é uma realização da ABA, a Associação Brasileira de Antropologia, que criou a premiação em homenagem à Claude Lévi-Strauss e sua contribuição para a área de Antropologia. O objetivo do prêmio é estimular novos estudantes e pesquisadores, que estejam no início de suas carreiras acadêmicas, e visibilizar produções originais e de alto nível acadêmico de alunos da graduação, premiando pôsteres e artigos.
Em sua VIII edição, o prêmio Lévi-Strauss foi diferente, tendo em vista a edição online na 32ª Reunião Brasileira de Antropologia, evento na qual ele acontece. Os pôsteres, comumente premiados, precisaram ser adaptados para vídeo-pôsteres.
Nessa categoria, foram premiados os 5 melhores vídeos. Um dos premiados foi Hugo Virgílio de Oliveira, bolsista da AGIR e graduando em Antropologia pela UFF, atualmente cursando em período de mobilidade acadêmica na Universidade de Brasília (UnB). Sob a orientação da professora doutora Lucía Eilbaum, o vídeo-pôster trata sobre o tema “Quem são os pesquisadores que nos pesquisam? O antropólogo e seus efeitos no trabalho de campo”. É possível assistir na íntegra aqui.
“É muito desafiador realizar essa pesquisa e ao mesmo tempo muito gratificante ser reconhecido por ela. Fico muito feliz pelo prêmio: é muito importante pensar a antropologia como é feita hoje e suas consequências em mundo globalizado e politizado.”
Hugo Virgilio, aluno de Antropologia da UFF.
Hugo Virgílio também já recebeu outro prêmio pela sua pesquisa: em 2019 no IX Seminário dos Alunos do PPGAS/Museu Nacional, da UFRJ foi um dos vencedores do II Prêmio Giralda Seyferth, que também contempla trabalhos de graduação.
A pesquisa trata sobre sua história com a antropologia que começa muito antes da matrícula na UFF. No contexto dos grandes eventos realizados no Rio de Janeiro, como Olimpíadas e Copa do Mundo, foram feitas dezenas de obras estruturais na cidade, especialmente na região portuária, desconsiderando a realidade dos moradores locais. Hugo e sua família, engajados na luta dos movimentos sociais por moradia, se mudam para uma ocupação no local e acabam se tornando interlocutores de uma pesquisa. Após todos esses acontecimentos, Hugo ingressa na faculdade de Antropologia, virando agora um pesquisador, interessado pelo fazer antropológico e as dificuldades do trabalho de campo.
Fonte: 32ª RBA
O Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio) funciona como um hub que estuda o impacto e o futuro da tecnologia no Brasil e no mundo. A organização possui vários cursos de curta duração, projetos e até pós-graduação relacionada à temática.
Trazemos hoje um dos cursos em destaque: “Direitos Humanos e Tecnologia”. A proposta é que os alunos e alunas aprendam sobre a interseção entre direitos humanos e tecnologia, sob a perspectiva da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, um dos órgãos que está liderando a crescente transformação digital na administração pública.
A partir deste tema geral, serão tratados tópicos relacionados à liberdade de expressão, privacidade, segurança digital, Lei Geral de Proteção de Dados, regulação de dados pessoais, segurança pública, inteligência artificial, entre muitos outros.
O curso é gratuito e as inscrições estão abertas até o dia 30 de novembro de 2020, mesmo dia que as aulas iniciam. Serão 5 aulas ao vivo, na plataforma interativa da ITS Rio. Também será disponibilizado material de estudos complementar, totalizando uma carga horária de 15 horas. As aulas ficarão gravadas para os alunos inscritos e poderão ser acessadas por um período de 6 meses. Clique aqui e inscreva-se!
Fonte: ITS Rio
A tecnologia social Rede dos Saberes é desenvolvida pelo Laboratório Betinho, da UFRJ. É um projeto de extensão conduzido em conjunto por grupos de universitários e jovens líderes de comunidades do Semiárido do nordeste.
O objetivo da Rede dos Saberes é estimular a troca de conhecimentos, metodologias e tecnologias sociais com foco no desenvolvimento social de comunidades de baixa renda. É valorizado encontro de sabores científicos com os saberes populares locais, quebrando o paradigma da academia como detentora do conhecimento.
São desenvolvidas atividades em quase 100 comunidades rurais do Semiárido nordestino, contando com a participação de alunos bolsistas da UFRJ, de diferentes áreas do conhecimento, indo da graduação à pós-graduação.
As questões tratadas na rede estão elencadas a partir da relevância para o local, como conservação ambiental, manejo agrícola, conhecimentos em informática e tecnologia, além de muitas outras.
Uma das atividades desenvolvidas é o “Compartilhando Saberes”, onde os alunos da UFRJ trabalham em conjunto com a comunidade, para entender a realidade de cada local e realizar trocas de experiências e conhecimento. Existe também o aplicativo “Rede dos Saberes”, que propõe funcionar como um mecanismo de compartilhamento de cultura, saberes e aprendizados.
A existência do projeto se dá pela valorização da importância da democratização do conhecimento, de forma a gerar transformação social nessas comunidades, através de um trabalho colaborativo de escuta e discussão de suas reais necessidades.
O INCT-InEAC – Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos – lança a Feira de Ciências “Conflitos e Diálogos na Escola” de forma online e gratuita.
São diversas atividades, acontecendo principalmente por meio do canal do YouTube, que envolvem conflitos escolares, a vida escolar na pandemia, entre outros assuntos envoltos à problemática.
No último dia 26 de outubro de 2020 foi transmitida a mesa “Liga a câmera e desliga o microfone: tecnologias e conflitos no ensino remoto durante a pandemia”, mediada pela Assistente de Pesquisa da Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais, Lumárya Sousa, com a conversa desenvolvida pelas professoras Laura Graziela (PPGA/UFF), Karla Godoy (UFF) e Luiza Aragon (UFF/Campos), sob responsabilidade da professora Thaiane Oliveira (PPGCOM/UFF).
A conversa é direcionada para professores e alunos da rede pública de ensino, tratando sobre as dificuldades e desafios do ensino remoto e à distância no período de pandemia.
Você pode assistir a live no canal do InEAC e conferir os demais assuntos tratados durante toda a programação da Feira de Ciências.
O Tô no Mapa é um aplicativo, desenvolvido para a autonomia das comunidades tradicionais brasileiras na realização do automapeamento de seus territórios.
O programa é gratuito e foi planejado e executado de forma colaborativa com as comunidades e as organização sociais, sendo uma iniciativa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), com apoio da Rede Cerrado.
Os conflitos em terras de comunidades tradicionais ainda são presentes, infelizmente, na sociedade brasileira, e direitos básicos, como autonomia e proteção do próprio território se mostram também em meio a esses conflitos.
O Tô no Mapa surge como um instrumento gratuito, que funciona no sistema android, no qual agricultores e povos tradicionais podem acrescentar informações oficiais, como localização, em seus territórios, sendo uma ferramenta de reconhecimento de direitos para essas comunidades.
Para entender o seu funcionamento, você pode assistir ao vídeo, preparado com o intuito de demonstrar o seu modo de utilização e a importância do mapeamento do território.
É possível acessar também o site oficial do programa (www.tonomapa.org.br), onde todas as informações importantes estão descritas.
Fonte: Portal do Tô no Mapa
O Projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social (MUTS) nasce em 2013 como mais uma iniciativa da Fundação Banco do Brasil, reconhecida pelo incentivo à projetos diversos de tecnologia social. Na sua razão de ser, tem o objetivo de complementar o trabalho já desenvolvido no Programa Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009 pelo governo federal, que visa o desenvolvimento social da população por meio da moradia em empreendimentos habitacionais populares.
A ideia central é fazer com que os moradores desses empreendimentos habitacionais participem da vida em comunidade, fomentando a organização, mobilização e liderança coletiva, para a promoção de cidadania e relações sociais entre esses sujeitos.
Como um dos valores presentes na tecnologia social, há forte valorização da replicabilidade da experiência em diversos contextos, levando esse pensamento de uma vida comunitária e estreitamento das relações sociais para diversos estados brasileiros.
Para saber mais sobre a experiência MUTS, basta acessar o site da Fundação Banco do Brasil. Lá você fica por dentro dos detalhes do projeto e de outras iniciativas em desenvolvimento.