A disciplina Empreendedorismo e Inovação para Cientistas está com inscrições abertas até o dia 31 de julho de 2019 e é voltada para estudantes de mestrado, doutorado e docentes de pós-graduação. As aulas iniciam no dia 06 de agosto, com término previsto para 01 de outubro, e serão realizadas às terças-feiras, de 17h às 20h, no Prédio 1 da Faculdade de Administração, no campus Valonguinho. A proposta surgiu da interação entre a Agência de Inovação da UFF (AGIR) e o Departamento de Empreendedorismo e Gestão.
Foi identificada a necessidade de uma ação mais estruturada na pós-graduação stricto sensu na área do Empreendedorismo, algo similar ao que já ocorre na graduação, por meio do Minor em Empreendedorismo e Inovação. A partir de um desenho inicial do Curso, foram realizadas diversas reuniões envolvendo diferentes atores, com destaque para os encontros realizados na PROPPI, no Fórum de Coordenadores e eventos adicionais, que contaram com a participação de coordenadores dos programas, docentes e alunos. Como resultado, foi definido o formato da ação como uma disciplina de pós-graduação, oferecida pelo Programa de Pós-Graduação em Administração de Volta Redonda.
A disciplina de Empreendedorismo e Inovação para Cientistas tem como objetivo conhecer os principais conceitos sobre empreendedorismo e modelos de inovação, para que os cientistas possam compreender as alternativas para empreender. Na ementa, estão conceitos como Empreendedorismo e Inovação, spin-off acadêmico, startup, lean startup, modelo de negócios e formação de time fundador.
As vagas são limitadas e as inscrições serão computadas por ordem de solicitação. Para solicitar sua inscrição, basta preencher e assinar o requerimento de inscrição em disciplinas e enviar para o e-mail robsoncunha@id.uff.br. Os estudantes de pós-graduação deverão obter também a assinatura do orientador. Uma nova disciplina deve ser ofertada a partir de março de 2020 e terá como tema Validação de Projetos Empreendedores.
Um dos sociólogos mais citados do mundo, o espanhol Manuel Castells, virá ao Brasil para a conferência de encerramento do “Seminário Educação, Cultura e Tecnologia: a escola do século XXI”, que acontece no Teatro Popular Oscar Niemeyer, no dia 15 de julho de 2019, às 18h. O evento propõe uma reflexão acerca de um conjunto de questões contemporâneas que desafiam educadores, gestores, agentes culturais, pesquisadores e diversos setores sociais interessados na construção de um modelo educacional compatível com as exigências da sociedade do conhecimento.
Castells é autor de obras de referência como Sociedade em Rede (1996), primeiro volume da trilogia A Era da informação: Economia, sociedade e cultura, no qual analisa o mundo mediado pelas novas tecnologias de informação e comunicação e defende o conceito de “capitalismo informacional”; A galáxia da Internet (2001), em que aborda a relação entre vida virtual e vida real; e o mais recente, Redes de indignação e esperança – movimentos sociais na era da internet, de 2012, que trata dos movimentos em rede na contemporaneidade.
O impacto da comunicação em rede e das tecnologias digitais sobre a produção de conhecimento, dentre outros temas, serão objeto de discussão em um ambiente marcado pela diversidade de ideias e a liberdade de pensamento. Além do sociólogo, o evento também conta na programação com painéis para discutir o protagonismo de grupos sociais e desafios da educação contemporânea.
O evento é gratuito mediante inscrição antecipada aqui.
De acordo com os dados do Portal do Empreendedor, o número de microempreendedores individuais (MEIs) brasileiros ultrapassou a marca de 8 milhões em 2019. Esse perfil profissional atua de modo independente e se legaliza como pequeno empresário. Atualmente, em meio à crise do mercado de trabalho formal e o consequente aumento dos negócios “por conta própria” tornou o MEI uma opção de ocupação temporária em ascensão no país. Somente entre fevereiro e maio deste ano, 399 mil novos MEIs já foram registrados.
Atenta a esse cenário, a Universidade Federal Fluminense (UFF) inaugurou oficialmente em maio o Escritório de Atendimento ao Empreendedor (EAE), projeto proposto pelo Departamento de Empreendedorismo e Gestão. Financiado por meio de emenda parlamentar, o EAE consiste num serviço gratuito de atendimento presencial e online ao microempreendedor individual, assim como um laboratório para a realização de treinamentos para a inclusão digital do MEI, com a assistência de alunos bolsistas da instituição.
A iniciativa é o piloto do chamado Centro de Empreendedorismo, ou Entrepreneurship Center – serviço já realizado por universidades europeias e norte-americanas. Instituições públicas de ensino brasileiras, como a Universidade Federal de Goiás, também aderiram à iniciativa; porém, com suporte a grandes empresas. Na UFF, os clientes variam desde microempreendedores, como mototaxistas, pequenos salões de beleza e proprietários de pensões no entorno da universidade que recebem estudantes de todo o país, até startups de médio e grande porte.
Um dos clientes do escritório buscou ajuda através do Ajuda MEI para planejamento do seu próprio empreendimento no setor de moda. “Mostramos a ele o processo de registro da marca e apresentamos um modelo de negócios simples, chamado Lean Canvas, que consideramos adequado para quem está iniciando um negócio”, exemplificou João Victor Oliveira, aluno de Processos Gerenciais e parte da equipe do EAE.
Segundo Gabriel Marcuzzo, professor da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFF e coordenador do programa, as redes sociais são os principais meios de divulgação, atingindo a marca de mil curtidas em menos de um mês. “Os conteúdos produzidos por nossos bolsistas nas instalações do departamento vêm atingindo milhares de visualizações por microempreendedores de todas as regiões do Brasil”, afirma. “Por esse aspecto, nosso site já pode ser considerado o principal desenvolvedor de conteúdo customizado e simplificado para o MEI no país”.
São inúmeros os perfis encontrados nessa nova configuração profissional. Entretanto, com a busca da formalização do trabalho, muitos deles desconhecem certas questões burocráticas para ser um MEI, como por exemplo a identificação de custos para se vender um produto ou serviço. Laura Meroto, estudante de Processos Gerenciais e bolsista do EAE, menciona uma dessas dificuldades: “Já tivemos aqui casos de pessoas oferecendo serviços e amargando prejuízos financeiros em função de cálculos mal formulados em relação aos altos custos de produção e aos preços cobrados”.
A Lei Complementar nº 128, publicada em 2008, facilitou a legalização dos microempreendedores individuais, com registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), enquadramento no Simples Nacional e isenção dos impostos federais, como o imposto de renda e o PIS. O EAE não só oferece suporte para esses trabalhadores cumprirem as obrigações associadas à legislação do MEI, mas também reforça a profissionalização através de orientações para modelagem do negócio, gestão financeira, registro da marca e pesquisa de mercado.
O escritório também beneficia tanto os estudantes da universidade que já possuem seu próprio negócio, como os que gostariam de se tornar um MEI ou conhecem um microempreendedor. “Tivemos um episódio com uma aluna de contabilidade da UFF. Ela viu um anúncio do escritório afixado na instituição e nos procurou para ajudar uma amiga que tinha dúvidas sobre o que é o MEI e como é nosso trabalho”, relembrou João.
A interface digital do projeto é composta pelo portal Ajuda MEI, com atendimento gratuito e agendado no próprio site ou em sua página do Facebook. Consultas presenciais podem ser realizadas das 9 às 17 horas, de segunda a sexta, sala 601, prédio do curso de Administração, campus do Valonguinho.
Fonte: Site UFF
A Divisão de Inovações e Tecnologias Sociais da Agência de Inovação (AGIR/UFF) divulga as experiências de tecnologia social pré-selecionadas para o Catálogo de Tecnologias Sociais de 2019 da Universidade Federal Fluminense (UFF). A próxima etapa consistirá na realização de entrevistas individuais com os coordenadores das experiências para a coleta de mais informações e, posteriormente, haverá a divulgação de uma lista definitiva com as experiências que irão compor o Catálogo deste ano. Em breve entraremos em contato com os coordenadores para marcar as entrevistas. Informamos que também houveram experiências inscritas já publicadas no Catálogo, que também serão contactadas para entrevistas e atualização das informações.
Agradecemos a compreensão de todos e nos colocamos à disposição para maiores informações através do nosso e-mail: tecnologiasocial.uff@gmail.com
Confira a lista de experiências pré-selecionadas:
JOGO EDUCATIVO COLABORATIVO SOBRE DROGAS DE ABUSO
Priscilla Oliveira Silva Bomfim
Eu, Tu, NOSSO Ambiente: Para um reencantamento de mundo com escolares de uma comunidade pesqueira
Crystiane Ribas Batista Ribeiro Garcia
Tecnologias Socioagroecológicas: construindo territórios saudáveis com educação do campo
Leonardo Gama Campos
Missão Urbana
Giuseppe Amado
Feira Agroecologia da Rede Raízes na Terra
Pedro Paulo Souza da Silva
Efeitos da suplementação de biscoitos feitos com amido resistente sobre o estado inflamatório e de estresse oxidativo em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise
Denise Mafra
I Save Food
Fernanda Dutra
7Sete Facilitador de Aprendizado para Educação Ambiental
Yasmin da Silva Menezes
LAJES DE PISO PARA CONSTRUÇÃO SEGURA EM ÁREAS DE INTERESSE SOCIAL
Elson Antonio do Nascimento
consCIÊNCIA na CIÊNCIA
Caroline Fernandes dos Santos Bottino
Nada Sobre Nós, Sem Nós. Uma proposta de Audiodescrição com consultoria continuada com cegos.
Kerllon Lucas Gomes Silva
Escritório de Atendimento ao Empreendedor (EAE)
Gabriel Marcuzzo do Canto Cavalheiro
Replicadores de cuidados: a sensibilização do futuro profissional acerca do abuso sexual infantil
Andréa Soutto Mayor
Portal Atlas Norte Fluminense
Erika Vanessa Moreira Santos
Mídias na Escola
Lumárya Sousa
Materiais audiovisuais para o esclarecimento de direitos e deveres acerca do Código de Defesa do Consumidor para microempreendedores, comerciantes e comunidade voltar redondense.
Marcus Wagner de Seixas
Linha “Cumbuca”de Bioprodutos
João Carlos Lutz Barbosa
Bacia Escola – Núcleo Comunitário de Sustentabilidade
Anderson Mululo Sato
Cordel Urbano
Renata Vilanova Lima
O avanço das geotecnologias e a gestão de unidades de conservação: a Cartografia Social como novo horizonte para a criação de Reservas de Desenvolvimento Sustentável – RDS
MARA EDILARA BATISTA DE OLIVEIRA
Tecnologia Social para melhoria dos processos autogestionários
Elaine Ribeiro Sigette
Produções tecnológicas dos mestrados profissionais como bases paradigmáticas para a ciência da saúde
Cláudio José de Souza
SÍNTESE DE NOVAS 1-H-TETRAZOLIL-QUINOLOCARBOXAMIDAS COMO POTENCIAIS INIBIDORES DA TOPOISOMERASE II HUMANA
Fernanda da Costa Santos Boechat
Parasitologia Hoje: desafios e ações para inovação, inclusão e popularização da ciência
Danuza Pinheiro Bastos Garcia de Mattos
Expedições à Antártica
Rosemary Vieira
Educação Patrimonial, Cultura e Oralidade: Mapeando o Noroeste Fluminense
Daniel Costa de Paiva
Projeto Campo Cidade: fortalecendo coletivos de produção da reforma agrária
Felipe Addor
Núcleo de Solidariedade Técnica – Soltec/UFRJ
Flávio Chedid Henriques
MUDA – Centro de Tecnologias Sociais
Heloisa Teixeira Firmo
Tecnologia Social para o Beneficiamento de Pescado
Ana Lúcia Vendramini
Laboratório interdisciplinar de tecnologia Social
Camila Larichia
Organização Inclusiva do Congresso Internacional sobre o Transtorno do Espectro do Autismo
Diana Negrão Cavalcanti
ATENÇÃO A NECESSIDADE DE TRATAMENTO PERIODONTAL EM PACIENTES DE RISCO
Gabriela Alessandra da Cruz Galhardo Camargo
Aplicação de técnicas analíticas geoquímicas para avaliação de contaminantes por efluentes domésticos e industriais: subsídio tecnológico como ferramenta para os órgãos gestores de recursos hídricos.
Marcelo Corrêa Bernardes
Tubo de Ensaio
Hugo Virgilio
“O MEDO DA MORTE VIOLENTA DADOS E PERCEPÇÕES SOBRE O AUMENTO DOS HOMICÍDIOS DOLOSOS: UMA ANÁLISE QUALITATIVA DA CIDADE DE SÃO GONÇALO/RJ 2013 A 2018. “
Alberto Gomes dos Santos
CARTILHA EDUCATIVA PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS: “DESCOMPLICANDO A AMAMENTAÇÃO”
FERNANDA GARCIA BEZERRA GÓES
Cartografia de olhares: a cidade de Niterói em Hipermídia.
Ana Lúcia Ferraz
POLÍTICAS DE QUALIFICAÇÃO E INTERVENÇÃO NO CAMPO DO PARTO E NASCIMENTO: APRIMORAMENTO PARA ENFERMEIRAS (OS) OBSTÉTRICAS (OS) (CAEO UFF/PN/APICEON)
VALDECYR HERDY ALVES
Laboratório de Preservação Audiovisual – LUPA-UFF
Prof. Dr. Rafael de Luna Freire
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: divulgação de evidências científicas para a população
Gleyce Moreno Barbosa
“Sambar é resistir”: olhares e narrativas sobre a música e a feijoada no Quilombo do Grotão/RJ.
Yolanda Gaffrée Ribeiro
LEETA
Thaiane Oliveira
Uso de oficinas como estratégia de promoção da saúde com idosas de um grupo de convivência
Fernanda Figueiredo de Souza e Souza
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E INTERVENÇÕES PARA INTERAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM A PESSOA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISTA: O PROJETO AMBIENTE DIGITAL DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS AUTISTAS (ADACA)
Vera Lúcia Prudência dos Santos Caminha
CONJUNTURA COSTA VERDE (EDIÇÃO III)
Fabiano Dias Monteiro
Conhecendo outras plantas alimentícias
Odara Horta Boscolo
“Sustentação da radiodifusão comunitária através do uso integrado de mídias na publicidade pública”
Adilson Vaz Cabral Filho
Está aberto o período de submissão de trabalhos para XI Semana de Ciências Sociais (SCS) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) para envio de resumos até o dia 21 de julho de 2019. “Qual o lugar das ciências sociais?” é a temática norteadora desta edição.
A Semana de Ciências Sociais é organizada pelo corpo discente do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e tem o intuito de dar visibilidade às pesquisas desenvolvidas por graduandos e pós-graduandos, independente das diferentes etapas em que se encontrem suas investigações, além de intercambiar ideias com a sociedade no geral.
Na programação, esta edição contará com duas mesas redondas, uma conferência, um mini-curso, uma exibição de filme e uma festa de encerramento. Acesse ao Edital e a Programação completa.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério da Educação prorrogaram o prazo de inscrições da chamada de instituições do programa Ciência na Escola. O novo prazo de submissão é 12 de julho. As inscrições são feitas pelo site oficial na aba “Chamada Instituições”.
Podem participar da chamada universidades federais, que devem se coligar obrigatoriamente ao menos a um Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IF) ou Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Também podem compor o consórcio instituições de ensino superior públicas ou privadas, Institutos de Ciência e Tecnologia, redes educacionais estaduais e municipais e espaços científicos e culturais, como museus, planetários e observatórios.
O objetivo do Ciência na Escola é aprimorar o ensino de ciências na educação básica, promover o ensino com foco na solução de problemas, intensificar a qualificação de professores para o ensino de ciências, estimular o interesse dos jovens pelas carreiras científicas e popularizar a ciência.
O investimento total será de R$ 100 milhões provenientes do Ministério da Educação. Há um teto de R$ 20 milhões para propostas Regionais (que envolvam no mínimo três estados de uma mesma Região do país); R$ 10 milhões para projetos Interestaduais (com dois estados na mesma Região); e R$ 4 milhões para iniciativas Estaduais (feitas em apenas um Estado). Os projetos também devem atender pelo menos 30% de escolas “Maioria PBF”, definidas assim por serem compostas em sua maior parte por estudantes cujas famílias são beneficiárias do programa Bolsa Família.
Confira o novo cronograma no link.
Fonte: MCTIC
A última edição da Agenda Acadêmica da Universidade Federal Fluminense foi um sucesso resultou na nova edição da revista PIBIC que apresenta os trabalhos participantes do XXVIII Seminário de Iniciação Científica, realizado durante a Agenda Acadêmica, nos dias 16, 17 e 19 de outubro de 2018, no campus do Gragoatá.
O seminário Vasconcellos Torres selecionou os melhores trabalhos, que nesta edição são apresentados nas primeiras páginas de cada grande área do conhecimento. A coordenação de Pesquisa da PROPPI procura incentivar meios favoráveis à realização da Iniciação Científica na Universidade Federal Fluminense, com pesquisas de qualidade.
Confira a edição aqui.
O curso de Antropologia da UFF receberá os pesquisadores franceses Luc Boltanski e Arnaud Esquerre para as comemorações dos 50 anos do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF/UFF) nos dias 01, 02 e 03 de julho. O evento é gratuito e aberto para o público em geral e conta com o apoio da Faperj e da Embaixada francesa.
No dia 01 de julho, no auditório do bloco P, no campus do Gragoatá, os sociólogos irão proferir a conferência “Enrichissement”, na qual falarão sobre o último livro publicado pelos dois autores franceses pela Gallimard. A atividade acontece a partir das 14h e contará com tradução simultânea.
Luc Boltanski também tratará do clássico livro “De la Justification” a partir de uma releitura crítica e inédita feita por ele e Laurent Thévenot para a introdução da versão do livro em português, cuja publicação sairá em breve pela Editora da UFRJ. O encontro será no dia 02 de julho, às 14 hs, na sala 231 do PPGA-UFF, no Bloco P.
O último dia de atividades, às 14h, na sala 231 do Bloco P, contará com a fala de Arnaud Esquerre sobre seus últimos artigos e livros relacionados com suas pesquisas sobre as “Predições do fim do mundo: por uma antropologia dos extraterrestres”, tratando de temas relacionados a novos sistemas de crenças, seitas, racionalidade, etc.
Oito anos atrás, a ciência brasileira vivia um momento de pujança. Os laboratórios vibravam com o resultado dos investimentos conquistados desde o início do século. O gasto interno bruto em pesquisa e desenvolvimento chegou a ser maior do que o da Itália e Espanha. À época, O GLOBO fez uma enquete com cem dos 112 membros mais jovens da Academia Brasileira de Ciências, que reiteraram sua satisfação em trabalhar na área no país.
Hoje, o cenário é outro. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações chegou a perder 42% de seu orçamento — o ministro Marcos Pontes tenta negociar o retorno da verba bloqueada. A reportagem procurou dez dos cientistas entrevistados em 2011 e ouviu um diagnóstico mais sombrio sobre como é o trabalho no setor em 2019.
Um curso com oito surdos, dois deficientes visuais e uma mulher com nanismo entre os 125 alunos matriculados. Assim é a atual formação do Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI), da Universidade Federal Fluminense (UFF). A instituição é pioneira no Brasil em integrar alunos com e sem deficiência num curso de pós-graduação.
Em seis anos, foram 170 dissertações defendidas, 45 delas por pessoas com alguma deficiência (PcD). São projetos como um método de alfabetização para autistas ou jogos e mapas didáticos para crianças surdas. A proposta do mestrado é de que as PcD não sejam apenas objeto de estudo, mas autores e produtores de ciência. Agora, a UFF quer quebrar ainda mais barreiras. Está lançando um Doutorado em Inclusão e Inovação Tecnológica. A primeira turma começará no segundo semestre.
De acordo com o último Censo da Educação Superior (2017), apenas 0,46% das mais de 8,2 milhões de matrículas no ensino superior foram de alunos com alguma deficiência. Na pós-graduação, esse percentual é ainda menor: 0,27% dos 363 mil alunos matriculados em cursos de mestrado e doutorado em 2017 se autodeclararam PcD, como informou a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela organização dessa base de dados.
Luciane Rangel, de 52 anos, quer continuar fazendo parte desse seleto grupo. Professora de Libras concursada da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), agora ela se prepara para tentar o doutorado em Inclusão e Inovação da UFF. Ela foi a primeira surda a se formar no CMPDI, com uma dissertação sobre bilinguismo no ensino fundamental. A proposta de sua tese não se tratava de ensinar às crianças um segundo idioma como inglês ou espanhol, mas sim a Língua Brasileira de Sinais para alunos ouvintes. A inspiração veio das próprias dificuldades que enfrentou na educação básica, a fase mais difícil de sua vida. Ela ficou surda profunda aos 2 anos em decorrência de meningite, estudou em escolas que não tinham intérpretes e precisava se esforçar muito para fazer leitura labial.
“Escolhi esse tema para diminuir a barreira de comunicação entre surdos e ouvintes. Só conheço uma médica que sabe um pouco de Libras. Não conheço bombeiros, dentistas e outros profissionais que saibam. Não me vejo como deficiente, mas como estrangeira em nosso próprio país”, conta Luciane..
Na UFF, há oito intérpretes de Libras concursados para nove alunos surdos que necessitam do recurso, oito deles na pós e um na graduação. No total, há cerca de 350 estudantes com algum tipo de deficiência em 36 cursos: 97% deles na graduação, 2% no mestrado, 0,3% no doutorado e 0,7% no ensino à distância. Deles, 51,6% necessitam de algum auxílio para sua rotina acadêmica, de acordo com dados do Sensibiliza UFF, Divisão de Acessibilidade e Inclusão, que completa 10 anos em junho. Entre os equipamentos de tecnologia assistiva estão cinco impressoras em braille, duas cadeiras de rodas motorizadas e duas comuns, além de 12 bebedouros acessíveis.
A universidade concede 40 bolsas para alunos da graduação atuarem na produção de material didático acessível, como mapas táteis e textos digitalizados, para auxiliar estudantes com deficiência. Entre as PcDs, há outros 40 bolsistas – e uma grande lista de espera. Cada bolsista recebe R$ 440 por mês. No entanto, os recursos do Programa de Acessibilidade na Educação Superior (Incluir), para manter as bolsas, ainda não foram liberados pelo governo federal este ano, segundo Lucília Machado, coordenadora adjunta do Sensibiliza UFF.
“Há quatro anos, a UFF era a quarta universidade a receber mais verbas para a inclusão, cerca de R$ 280 mil. Em 2018, recebemos R$205.902,00. Nossa previsão de gastos com esses bolsistas este ano é de R$ 264 mil. Geralmente, recebemos por volta de março ou abril, no máximo maio. Mas o dinheiro de 2019 até hoje não foi repassado. Estamos pagando as bolsas com dinheiro de outro programa, o PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil). Uma espécie de ‘escambo”, explica Lucília.
Em 2017, a UFF elaborou seu Plano Institucional de Acessibilidade. Uma das principais preocupações é a eliminação de barreiras arquitetônicas em todos os campi para facilitar a integração de PcD. Lucília explica que, como a maioria dos campi tinha chão de paralelepípedos, foram feitas obras, a princípio nos dois campi planos (Gragoatá e Praia Vermelha), com trajeto projetado para cadeira de rodas, pessoas com modalidade reduzida e com piso tátil para pessoas cegas e com baixa visão, além de sinalização em braile.
Confira a matéria completa aqui.