Filhos com microcefalia: mães são protagonistas na luta contra o Zika Vírus em pesquisa coordenada por professora da UFF

Em 2015 mais de 2 mil casos de microcefalia em recém-nascidos foram identificados em diversas regiões do país, principalmente no Nordeste, após um pico epidêmico do Zika Vírus no início daquele ano. Em função dos impactos devastadores causados nas famílias e nas crianças, no entanto, assim como da proporção com que o fenômeno mobilizou a saúde pública nacional e internacionalmente, ele permanece ainda como um desafio presente. Passados quatro anos, o tema continua sendo investigado por muitas organizações de saúde e pesquisa científica do país e fora dele.

A Universidade Federal Fluminense, por exemplo, é uma delas. Através da sua Pós-Graduação em Ciências Médicas e Patologia e da Pós-Graduação em Biologia Parasitária, a instituição integra uma equipe interdisciplinar de pesquisa, constituída por 36 profissionais, entre eles, pesquisadores da Fiocruz e da La Jolla Institute for Allergy and Immunology, da Califórnia. O grupo, que reúne infectologistas, pediatras, neurologistas e radialogistas, entre outras especialidades médicas, tem como objetivo observar se as células de defesa do organismo atuam na proteção contra a infecção ao entrarem em contato com o Zika Vírus.

A pesquisa está sendo realizada através da coleta de amostras de sangue de mães que tiveram Zika na gestação e também de seus filhos expostos ao vírus durante a gravidez. Por meio da utilização de diferentes métodos imunológicos de ponta, até o momento foi possível observar nas pesquisas que 100% das mulheres que tiveram bebês assintomáticos e 57% das mulheres que os tiveram com Síndrome da Zika Congênita (SZC) têm células imunes que respondem às proteínas do Zika Vírus. Além disso, com relação às crianças, independentemente de serem acometidas ou não com a SZC, cerca de 70% delas têm células imunes que respondem às proteínas do vírus. Portanto, segundo a coordenadora da pesquisa Claudete Araújo Cardoso, infectologista pediátrica e professora do Departamento Materno-Infantil da UFF, “a maioria das mães e filhos que foram estudados possuem células imunes aptas a responderem ao Zika Vírus, sugerindo assim que desenvolveram boa imunidade ao vírus”. 

“As pesquisas são necessárias para esclarecermos as dúvidas e ajudar futuras gerações. Infelizmente, fomos nós as acometidas pela síndrome, ocasionada pela falta de estrutura e política de combate ao mosquito”, Mayrielly Wiltgen do Nascimento, mãe de Catarina.

De acordo com a coordenadora, “a comunidade científica tem recebido esses resultados com muito otimismo, uma vez que tais achados mostram que se pode desenvolver imunidade contra o Zika Vírus após o contato com ele. Tal resposta tem impacto em nível local e também nacional, pois poderemos orientar as futuras gestantes em relação à proteção conferida por infecção prévia pelo vírus, reduzindo o estresse diante da possibilidade de se ter um bebê com a Síndrome da Zika Congênita”, destaca.

Trocando em miúdos, desenvolver imunidade significa que “quando somos infectados pela primeira vez por algum microorganismo que nunca tivemos contato, o corpo reage a ele através do sistema de defesa. Em geral, elimina o microorganismo e, assim, não ficamos doentes. Mas quando esse micro-organismo se multiplica com muita rapidez, não temos tempo de combatê-lo e adoecemos. Sempre há possibilidade de reencontrarmos esse mesmo micro-organismo em algum momento da vida. Portanto, nosso sistema de defesa será capaz de nos defender de forma mais eficiente e rápida, e assim não adoeceremos mais pela mesma enfermidade porque adquirimos imunidade”, esclarece Claudete.

A médica pediatra e pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da UFF, Renata Artimos Vianna, também integra o grupo multidisciplinar acompanhando as crianças expostas ao vírus Zika durante a gestação. Segundo ela, o Projeto Zika – Huap/UFF vai além da pesquisa, “principalmente pelo caráter de assistência e informação àqueles que sofrem com a angústia de uma doença debilitante. É importante para o aluno, contribuindo no aprendizado de pesquisa científica, para o paciente, que recebe uma assistência multidisciplinar, para o hospital, que incorpora um serviço de referência e para a saúde pública, colaborando no desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e controle de epidemias, como a do Zika. Trabalhar com a professora Claudete e sua equipe é uma experiência única para mim”, destaca.

Mas outras pessoas também têm sido fundamentais para a existência e o sucesso da pesquisa, além da equipe multiprofissional envolvida. A coordenadora Claudete destaca a importância da participação das mães no projeto: “essas crianças e suas famílias foram vítimas de uma doença muito grave e todas, sem exceção, têm plena consciência do seu papel como produtores de conhecimento acadêmico. Mais do que simplesmente ‘objetos de pesquisa’, as famílias têm se sentido participantes ativas da produção do conhecimento e esse sentimento me enche de orgulho”, comemora.

Matéria na íntegra: site UFF

Ciência no combate ao crime: pesquisadores da UFF auxiliam polícia brasileira com novo material revelador de impressões digitais

Investigar um crime é tarefa que vai além dos muros das delegacias. O trabalho de inteligência é fundamental para a resolução satisfatória dos casos policiais. Essa atividade demanda uma gama de materiais específicos e estudos em perícia. O reconhecimento de impressões digitais – com nome técnico de papiloscopia – é um dos procedimentos fundamentais nas investigações criminais, considerando que através desse método os indícios coletados e analisados por profissionais podem levar ao autor do delito. Esse tipo de procedimento é feito através de uma substância em pó reveladora de impressões digitais, atualmente importada por praticamente todas as polícias do Brasil.

Com foco nessa realidade, o professor Wagner Felippe Pacheco juntamente com seu orientando de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Química da UFF, o perito Rômulo Rodrigues Facci, desenvolveram uma pesquisa que resultou na criação de um novo pó para a revelação de impressões digitais. O material, já utilizado pela polícia civil do Rio de Janeiro, teve resultados positivos nas investigações que levaram à prisão de diversos suspeitos. “No momento, além da polícia do Rio, existem quatro outras polícias estaduais utilizando a substância produzida na universidade: Amazonas, Acre, Tocantins e Rio Grande do Norte. A polícia federal também entrou contato conosco para fazer testes com o pó e polícias de outros estados também já demonstraram interesse”, complementa o doutorando.

Facci conta que, ao iniciar o estudo, sua primeira inquietação foi sobre a grande quantidade de uso do pó papiloscópico pelas polícias, em nível estadual e federal, e como, mesmo assim, o país continua importando um produto caro ao invés de produzi-lo. Para a sociedade, Rômulo pontua que a fabricação de um pó com matéria prima barata e reciclável é uma grande conquista. “Chegamos a uma composição que é igual ou melhor do que a importada e a um preço de custo muitíssimo barato. Transformamos a escala da produção de nano (laboratorial, cerca de 1g) para um processo em bateladas de 1kg”.

Considerando as características do material desenvolvido pelos pesquisadores e o importado, Wagner explica que quimicamente são muitos distintas. “A substância sintetizada pela nossa pesquisa é feita principalmente de óxido de ferro, enquanto o outro é majoritariamente de carbono grafítico. Mas a real diferenciação está na aplicação. O nosso é mais escuro e mais aderente às gorduras da impressão digital, produzindo de maneira mais fácil e rápida uma imagem nítida”, ressalta.

Só concluímos a composição química quando o produto que elaboramos imprimiu uma imagem mais nítida do que a produzida atualmente pela polícia”, professor Wagner Felippe.

O professor pontua que as pesquisas acontecem no Laboratório Peter Sørensen de Química Analítica e explica como foram feitos os testes do produto. A primeira etapa foi a de composição química, “ou seja, o quanto de matéria prima principal ou de outros componentes químicos seriam usados, e como trabalhar a mistura e trituração destes materiais até obter um produto final suficientemente fino e com cor bastante intensa”. O segundo teste foi de repetidas simulações da aplicação final do composto, e consistiu em aplicar o pó, retirar o excesso, em seguida, colar uma fita adesiva e depois retirar a fita, na qual ficava a imagem da impressão digital gravada. “Colamos essa fita em um papel branco e levamos para o computador, onde é escaneado. Em seguida, contamos o número de pontos característicos na impressão digital”, explica.

Ao longo do trabalho, o pesquisador conta que, para fins de comparação, foram realizados exatamente os mesmos procedimentos de verificação com o pó importado e com o composto desenvolvido pelo estudo. “Só concluímos a composição química quando o produto que elaboramos imprimiu uma imagem mais nítida do que a produzida atualmente pela polícia”. Sobre os custos de produção e venda do novo produto, o professor explica que ainda estão sob avaliação. “A estimativa que fazemos é que seja no mínimo 70% mais barato que o pó importado, pois todos os insumos que usamos são de baixo custo e o principal componente não tem preço de venda fixado, já que é considerado descarte industrial”, completa.

Do ponto de vista acadêmico, Wagner expõe que o estudo auxilia na consolidação de uma linha de pesquisa aplicada, que é o reaproveitamento de resíduos industriais para aplicações analíticas diversas, destacando que a sustentabilidade deve ser sempre apoiada em todos os níveis. O pesquisador ressalta ainda que o processo de pedido de patente do pó papiloscópico se encontra em andamento através da Agência de Inovação (Agir) da UFF. Rômulo completa afirmando que, para sua formação, esse trabalho foi enriquecedor. “A proposta do professor de fazer o pó papiloscópico, que depende de estudos de síntese de materiais, saiu do meu campo de formação inicial, o que enriqueceu meus conhecimentos. Tive que treinar muito as técnicas papiloscópicas de revelação de impressão digital para testar mais de 50 composições que foram produzidas”.

Os pesquisadores estão iniciando um novo projeto, na área pedagógica. O doutorando conta que o pó papiloscópico será enviado para escolas públicas de base com a intenção de aproximar os alunos das ciências forenses. “Hoje em dia, com acesso a narrativas investigativas em séries de televisão, por exemplo, os jovens estão se sentindo mais interessados por essa área. A ideia do projeto é entrar com as ciências forenses na escola e depois ensinar todas as ciências a partir dela”, finaliza.

Fonte: site UFF

Lançamento do Catálogo de Tecnologias Sociais 2019 da UFF acontece dia 05 de dezembro. Participe!

A edição 2019 do Catálogo de Tecnologias Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF) será lançada no de 05 de dezembro, às 14 horas, em evento gratuito realizado no Auditório da Agência de Inovação (AGIR), localizado na Torre Nova do Instituto de Física, 3º andar, no campus Praia Vermelha. O Catálogo é uma realização da Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais e teve sua primeira edição em 2017. 

O Catálogo de Tecnologias Sociais tem como objetivo reunir experiências de tecnologia social, em curso, em fase piloto ou já finalizadas, desenvolvidas pela UFF por meio dos seus docentes, estudantes ou técnicos-administrativos. Com isso, busca produzir registro e memória sobre as ações, além de dar publicidade às experiências, fruto de projetos de ensino, pesquisa, extensão e/ou inovação.

A última edição do Catálogo conta com 38 experiências de tecnologia social catalogadas e desenvolvidas no âmbito da UFF. Com a edição de  2019, o número passa para 52 experiências de diferentes áreas e temáticas como acesso a direito e cidadania, inovação e saúde, geração de renda, redes e políticas públicas, entre outras.

Confira as edições anteriores do Catálogo e participe do lançamento da edição de 2019 prestigiando as ações sobre o tema desenvolvidas na UFF e conhecendo um pouco mais sobre a temática das tecnologias sociais.  

Evento: Lançamento do Catálogo de Tecnologias Sociais de 2019

Data: 05/12/2019

Horário: 14 horas

Local: Auditório da AGIR – 3º andar, Torre Nova do Instituto de FísicaEndereço: Avenida General Milton Tavares de Souza, s/n, Boa Viagem, Niterói – RJ

CNPq lança 7ª edição do Pioneiras da Ciência

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lança a sétima edição do projeto Pioneiras da Ciência no Brasil com a homenagem a 10 pesquisadoras de diversas áreas do conhecimento. São histórias inspiradoras contadas por meio de verbetes que entrelaçam suas trajetórias pessoais e acadêmicas e permitem observar não somente os resultados do seu sucesso como também os obstáculos enfrentados no seu caminho.

“A importância desta iniciativa está em atribuir visibilidade às mulheres e às suas contribuições para a ciência e tecnologia, nas diversas áreas do conhecimento, principalmente como figuras exemplares e modelos para meninas e jovens¿, explica a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini. Segundo ela, a participação feminina na ciência sempre foi menos reconhecida. “Precisamos, portanto, divulgar essas histórias que tratam da atuação das mulheres como lideranças na docência e na pesquisa”, conclui.

As homenageadas são Alda Lima Falcão (Biologia), Beatriz Alvarenga (Física), Beatriz Nascimento (História), Ewa Wanda Cybulska (Física), Leda Bisol (Linguística), Linda Viola Ehlin Caldas (Física), Maria Adélia Aparecida de Souza (Geografia), Paula Beiguelman (Ciência Política), Ruth de Souza Schneider (Física) e Yocie Yoneshigue Valentin (Biologia).

O Pioneiras da Ciência no Brasil foi lançado em 2013 com o objetivo principal de mostrar as histórias das mulheres pesquisadoras e cientistas que contribuíram, de forma relevante, para o avanço do conhecimento científico e para a formação e ampliação do sistema científico e tecnológico no Brasil, principalmente na formação de recursos humanos. O estabelecimento de figuras exemplares femininas é um importante recurso para diminuir os estereótipos de gênero e motivar as meninas e as mulheres para as carreiras científicas e para as ciências em geral, como apontam diversos estudos e relatórios.

Até o momento, foram homenageadas 89 pesquisadoras, com esta nova edição. Muitas dessas histórias são contadas por pesquisadores/as que foram influenciados/as pela atuação e obra das pioneiras e também por nossos/as parceiros/as que atuam no CNPq e em outras instituições de pesquisa e ensino.

O projeto é uma iniciativa realizada no âmbito do Programa Mulher e Ciência, do qual o CNPq faz parte e tem, como um dos objetivos, fomentar a participação das mulheres nas ciências e tecnologias e estimular o protagonismo de jovens em diversas áreas do conhecimento.

Veja aqui a história de cada uma das pioneiras desta edição.

Fonte: site CNPq

MCTIC lança consulta pública sobre a Política Nacional de Inovação

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou no dia 08 de novembro uma consulta pública para a Política Nacional de Inovação. Desde setembro deste ano, tem sido organizadas reuniões de grupos de trabalho que envolveram atores governamentais, representantes de empresas e startups; agentes financeiros; universidades e instituições de Ciência e Tecnologia (ICT); secretarias estaduais, municipais e Fundações de Amparo à Pesquisa (FAP).

Além dos encontros organizados com esses grupos, foram feitas oficinas temáticas com as seguintes instituições: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), MCTIC, Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e Tribunal de Contas da União (TCU). O processo para a construção do documento da Política Nacional de Inovação contou ainda com revisão de literatura, benchmark e um conjunto de entrevistas com atores estratégicos.

O secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, Paulo Alvim, destaca que a ideia é que a Política Nacional de Inovação reflita um horizonte que compreenda o período de 2020 a 2030, com uma perspectiva de País. “Nós mapeamos um conjunto de informações e estamos construindo um texto base. Essa consulta pública será de grande importância para a proposta de política, em um processo muito intenso de ouvir todos os atores interessados”, afirma.

Para o secretário de Planejamento, Cooperação, Projetos e Controle, Antônio Franciscangelis, inovação é uma base fundamental para o cumprimento da missão do MCTIC, de produzir conhecimento, gerar riquezas e melhorar a qualidade de vida da população. “Temos uma série de desafios e ações que devemos realizar para organizar o ecossistema de inovação no Brasil”, afirma. “A Política Nacional de Inovação vai nos ajudar a coordenar esse processo.”

Acesse aqui a consulta pública.
Fonte: site MCTIC

Jornada do PPGA UFF acontece até o dia 14 de novembro. Participe!

Os alunos da pós graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense realizam de 11 a 14 de novembro de 2019 a XIII Jornada, intitulada Reflexões Antropológicas: contribuição e desafios na construção de saberes. Além de grupos de trabalho e mesas, a programação conta com cinema, minicursos e oficinas cunhadas pelas pesquisas dos alunos e seus interesses. Há também um espaço infantil, posicionamento preocupado em acolher as mães em meio à institucionalidade.

O objetivo da Jornada é refletir em conjunto sobre os passos que a antropologia tomará nas próximas décadas tendo em mente o cenário atual, onde antropologia é sinônimo de balbúrdia para muitos, e o passado, em que também enfrentamos situações adversas. Os saberes, os modos de compartilhá-los, tudo que representam e significam em sociedade pautam o tema desse ano, que abre a possibilidade de grandes variações temáticas com uma garantia de importância e profundidade constante. 

Confira a programação completa do evento e participe das atividades no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF) no Campus Gragoatá.

Participe do V Festival de Tecnologias Sociais e Economia Solidária da UFRJ nos dias 13 e 14 de novembro. Inscrições gratuitas!

Em sua quinta edição, o Festival de Tecnologias Sociais e Economia Solidária, realizado pelo Núcleo de Solidariedade Técnica (SOLTEC), o Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (NIDES) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e em parceria com o Fórum Estadual de Economia Solidária (FCP), amplia o objetivo de intercâmbio entre a academia e o movimento de economia solidária. Esta edição tem como proposta ser um “Momento” de processo continuado de construção coletiva e será realizada nos dias 13 e 14 de novembro de 2019, no Centro de Tecnologia da UFRJ.

O evento é gratuito e contará com sua tradicional feira de economia solidária, uma mostra de tecnologias sociais, oficinas, exposições de arte, rodas de conversas e uma mostra das contribuições das universidades para o desenvolvimento social. No espaço de trocas de saberes do Festival, vamos refletir como devem ser as relações da economia solidária e das tecnologias sociais com o poder legislativo, com outros movimentos sociais, qual o papel dos gestores públicos, como se tornar uma alternativa à economia de mercado, qual o papel das universidades e das organizações não governamentais, como fortalecer os instrumentos de finanças solidárias, entre outros temas.

A Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF) é parceira do evento e irá coordenar o espaço de troca de saberes sobre tecnologias sociais no dia 14 de novembro, das 9h30 às 17h. O tema será discutido em mesas temáticas sobre produção de conhecimento e intervenção social, negócios sociais e envolvimento popular, negócios sociais e empoderamento, com a participação de coordenadores de diferentes experiências de tecnologias sociais. 
Confira a programação completa do Festival e inscreva-se gratuitamente aqui para participar dos debates.

Prêmios de Excelência UFF 2019 recebe inscrições até o dia 28/10: Conheça o Prêmio de Inovação instituído pela AGIR

Está aberto até o dia 28 de outubro o período de inscrições para os Prêmios de Excelência UFF 2019. Toda a comunidade acadêmica pode indicar candidatos às seguintes premiações: Prêmio UFF de Tese e Prêmio UFF de Dissertação de Pós-Graduação Stricto Sensu; Prêmio UFF de Monografia ou Trabalho de Conclusão de Curso em Pós-Graduação Lato Sensu; Prêmio UFF de Excelência Científica; e Prêmio UFF de Inovação.

O Prêmio de Inovação é instituído pela Agência de Inovação (AGIR/UFF) e tem como principal objetivo premiar os melhores projetos de inovação elaborados por alunos, técnicos e/ou professores da universidade, oferecendo duas categorias: Prêmio UFF de Inovação Mercadológica e Prêmio UFF de Inovação para o Desenvolvimento Social.

Como “Inovação Mercadológica” entende-se inovações que tenham como objetivo principal o desenvolvimento de produtos e/ou processos inovadores, desenvolvimento de novos softwares ou sistemas, a criação de novos negócios ou o aumento da competitividade de negócios pré-existentes. Já as atividades de “Inovação para o Desenvolvimento Social” são aquelas que têm como objetivo principal contribuir para a solução de problemas sociais, não necessariamente sendo difundidas para a sociedade através do mercado. Na descrição dos projetos deverá ser demonstrada a aplicação prática já comprovada ou o potencial de aplicação das inovações, seja para o mercado, no caso de Inovação Mercadológica ou para a sociedade, no caso de Inovação para o Desenvolvimento Social. 

Saiba mais informações sobre outros prêmio e como inscrever-se no edital completo

Ser mãe na UFF: conquistas e desafios na construção de uma universidade de todos e para todos

Não é novidade a realidade que mulheres, mães e também profissionais, enfrentam no mundo contemporâneo com suas jornadas triplas de trabalho, alternando-se entre as atividades dentro de casa, com os filhos e no mercado de trabalho. Esse verdadeiro malabarismo que praticam para conciliar universos tão distintos e extenuantes é ainda mais difícil de ser equilibrado se essas mulheres são também estudantes.

Atenta a essa realidade, a Universidade Federal Fluminense (UFF), por meio da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), está promovendo iniciativas direcionadas às mães que são alunas da instituição, colaborando na melhora de sua saúde física e emocional. São cinco os eixos de atuação institucional para proporcionar esse respaldo às mulheres: a sensibilização quanto ao acolhimento de mães com seus filhos nos diferentes espaços da universidade, implementando, para isso, uma infraestrutura específica, como os fraldários; o acesso e a manutenção nos programas institucionais de bolsas; a flexibilização de trâmites; o acompanhamento das taxas de retenção e evasão e o mapeamento da saúde mental.

De acordo com a pró-reitora de graduação, Alexandra Anastácio, que vem organizando essas ações, em diálogo com alguns coletivos de mães e mulheres, “a UFF é um espaço de pluralidade de ideias e diversidade e assegurar o acesso, a permanência e o sucesso acadêmico de mulheres, sobretudo das mães universitárias, é fundamental para a construção de uma universidade de todos e para todos”, ressalta.

Alexandra relata que, em março deste ano, realizou uma roda de conversa com mulheres na graduação, convidando o Coletivo Mães da UFF para uma troca de experiências sobre as dificuldades enfrentadas por mulheres e mães estudantes universitárias: “discutimos as oportunidades institucionais para que a universidade as apoiasse de forma efetiva, além dos desafios de sensibilização da comunidade para este novo perfil de estudante, nos nossos diferentes cursos”, explica.

A aluna de antropologia Ayla Vargens de Figueiredo, por exemplo, vem percebendo uma maior preocupação da universidade em oferecer um apoio institucional para essas mães estudantes. Ela é uma das integrantes do Coletivo Mães da UFF, grupo de alunas da universidade que têm filhos, cujo principal objetivo é lutar por melhorias das suas condições no espaço acadêmico, respeitando suas demandas diferenciadas.

Além disso, o grupo visa ao apoio mútuo, combatendo o preconceito, conquistando políticas específicas, e garantindo o retorno e a permanência das mães graduandas na instituição. Segundo ela, “atualmente mesmo com a universidade pública sofrendo constantes ataques, a nossa tem se mostrado à disposição para nos escutar e também considerar nossas reivindicações”, observa Ayla. Outro aspecto importante é a parceria estabelecida com o Núcleo Interseccional de Estudos em Maternidade (NIEM), que unifica o trabalho de coletivos e em torno da maternidade de diferentes universidades. Seu principal objetivo é o de criar uma rede de diálogo entre mães pesquisadoras, disponibilizando as produções acadêmicas dessa natureza.

Para a graduanda, que participa do coletivo há cerca de um ano, “numa sociedade que pretende ser democrática e preocupada com as gerações futuras, é impossível não estarmos atentos às demandas das mães, que na maioria das vezes exercem o papel de únicas responsáveis pelo bem-estar de seus filhos. A falta de políticas públicas voltadas para elas no ambiente de ensino, saúde e lazer, afeta não só essas mulheres, como toda a geração seguinte”, desabafa.

Um aspecto importante nas políticas universitárias de acolhimento de mães é que não se destinam somente a quem é estudante da instituição. Iniciativas vêm sendo pensadas e executadas para possibilitar uma melhor adaptação das mães também no seu ambiente de trabalho, como é o caso da concessão de pontos extras na avaliação do currículo de docentes em licença-maternidade, no edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) de 2019. A medida visa reconhecer o direito das professoras em função do afastamento legal das funções de pesquisa na universidade. Essa prerrogativa, vale ressaltar, pode ser aplicada a todos os que atendem a legislação, ou seja, gestantes, pais que adotam crianças e também casais homoafetivos.

A pró-reitora Alexandra Anastácio sinaliza que as iniciativas da instituição na direção do acolhimento das mães irão seguir sendo implementadas, com a ampliação do seu alcance em diferentes esferas: “Há necessidade de expansão dessa rede de apoio para toda a universidade, não somente Niterói, mas o interior também, abrindo espaços onde essas mulheres possam transitar com as suas crianças”.  Mesmo reconhecendo os empecilhos sociais e institucionais para a execução de mudanças nessa direção, ela enfatiza: “o combate ao preconceito e à promoção da equidade como valores na universidade promove no ambiente interno o senso de justiça e a garantia de oportunidades iguais, independentemente do gênero. Nosso compromisso é consolidar estes valores no projeto de universidade que queremos e também contribuir para que estes valores extrapolem os muros da instituição, promovendo uma profunda mudança cultural de gênero, na qual homens e mulheres se sintam igualmente responsáveis pelo bem-estar familiar, em especial dos filhos, e que o acesso às oportunidades de formação e trabalho sejam de fato iguais para todos”.

Fonte: site UFF

Enade: 88% dos cursos da UFF receberam conceito “muito bom” ou “ótimo”

Oitenta e oito por cento dos cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) receberam conceito 4 (44%), equivalente a “muito bom”, e 5 (44%), equivalente a “ótimo” na avaliação do Enade 2018. As notas são distribuídas numa escala de 1 a 5, sendo 1 o menor e 5 o maior. Em 2015, o resultado apontou dezoito por cento dos cursos com conceito 5; cinquenta por cento dos cursos com conceito 4, o que demonstra a significativa evolução dos resultados obtidos pela UFF nos últimos quatro anos.

Segundo o reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, este é um resultado do esforço e trabalho dos próprios estudantes junto a seus professores. “A gestão tem articulado ações e dado uma atenção especial aos indicadores que refletem nossa qualidade à sociedade, como por meio da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), além de conversas com os cursos e reuniões institucionais, todas orientadas para mostrarmos a nossa excelência e quem realmente somos”, ressalta.

No Enade 2018, foram avaliados em todo o país cursos de Bacharelado em Ciências Sociais Aplicadas e áreas afins, Ciências Humanas e áreas afins que não tenham cursos também avaliados no âmbito das licenciaturas e cursos superiores de tecnologia nas áreas de Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design. Dentre os dez melhores do Brasil de cada área estão os cursos de Bacharelado em Turismo (Niterói) e Bacharelado em Administração Pública presencial (Volta Redonda), que foram os terceiros melhores em suas respectivas áreas de avaliação.

A UFF, através da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) implementa políticas e diretrizes visando o sucesso acadêmico, para que seus cursos de graduação possam prosseguir em processo de permanente avaliação das condições de oferta e melhoria contínua no caminho da excelência. “O resultado Enade demonstra a importância da universidade pública, gratuita, de qualidade e referenciada socialmente. O excelente desempenho da UFF nesta e em outras avaliações, contou com a parceria da Prograd e da Comissão Própria de Avaliação da UFF que, de forma articulada, criaram um ambiente de valorização e integração das ações relacionadas aos processos avaliativos da universidade, tanto internos quanto externos, junto à comunidade acadêmica. Termos 88% dos cursos avaliados com conceito muito bom e ótimo demonstra nosso compromisso com o sucesso acadêmico e responsabilidade com a sociedade que nos financia por meio de seus impostos”, afirma a pró-reitora de graduação, Alexandra Anastacio Monteiro Silva.

Os resultados dos cursos de graduação nas avaliações realizadas pelo MEC no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) brindam o esforço da comunidade acadêmica da UFF, uma das maiores universidades do país, na sua missão institucional de promover, de forma integrada, a produção e difusão do conhecimento científico, tecnológico, artístico e cultural, e a formação de um cidadão imbuído de valores éticos que, com competência técnica, contribua para o desenvolvimento autossustentado do Brasil, com responsabilidade social.

Tecnólogo em Processos Gerenciais: melhor curso do Brasil

Cabe destacar o resultado do curso de Tecnólogo em Processos Gerenciais, com o melhor conceito Enade contínuo em todo o Brasil na sua área de avaliação. Com grade curricular focada na criação e administração de empresas, o curso tem o objetivo de formar profissionais para gestão empresarial com capacidade empreendedora e ampla visão gerencial e analítica, bem como busca desenvolver a capacidade de aplicação de técnicas gerenciais para a gestão de processos, produtos e serviços.

O coordenador Favio Akioshi e a vice-coordenadora Daniella Munhoz pontuam que os resultados da avaliação se devem ao fato de contarem com professores qualificados que têm participação ativa nas atividades acadêmicas do curso e que se mantêm engajados na motivação dos estudantes no processo de aprendizagem. Além de um quadro excelente de técnicos servidores que busca fornecer o suporte e apoio necessário para as iniciativas realizadas no curso. “O Tecnólogo em Processos Gerenciais teve em sua avaliação atual o resultado do desempenho dos estudantes. A avaliação anterior foi feita ‘in loco’ por avaliadores representantes do MEC. Estas duas avaliações se complementam mostrando que caminhamos na direção certa e que continuamos com a preocupação por inovações no ensino”, destaca Favio.

Fonte: site UFF

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