UFF organiza primeira edição do Festival de Cinema do BRICS no Brasil

O projeto “Niterói: Cidade do Audiovisual”, parceria da Prefeitura de Niterói junto a Secretaria da Cultura do município e da Agência Nacional de Cinema (Ancine), representa um investimento promissor para a indústria cinematográfica da região, que tem como principal aliada a Universidade Federal Fluminense. O curso de Cinema da UFF foi o segundo da área a ser criado no Brasil, com mais de 50 anos de existência. O caráter histórico de pesquisa e preservação cinematográfica da instituição conquistou, para 2019, a realização do 4º Festival de Cinema do BRICS, que terá Niterói como cidade-sede em sua primeira edição brasileira, entre os dias 23 de setembro e 9 de outubro.

O evento tem como objetivo reunir atividades de cinema dos integrantes do grupo BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, tendo edições intercaladas entre seus membros. A última edição foi realizada na África do Sul, consistindo na exibição de dois longas-metragens de cada país na categoria competitiva e três longas-metragens na categoria não competitiva.

Douglas Resende, professor do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF e um dos organizadores do festival, ressalta a importância de promover a visibilidade do setor de audiovisual dos países envolvidos: “esse vasto território que abrange cinco países e quatro continentes está conectado pela economia global e as macropolíticas dos Estados-nação. Um festival de cinema nesse contexto cria a possibilidade de estabelecermos outras conexões, a partir da pluralidade cultural, das singularidades, das micropolíticas – que, em geral, a globalização tende a apagar”.

Os docentes envolvidos na organização garantem um aspecto pedagógico às atividades, voltadas principalmente para a formação dos estudantes. “A residência artística e a Mostra Filmes de Escola, coordenadas pelo professor Cezar Migliorin e pelas graduandas Mariana Siqueira e Rachel Aranha, são duas das frentes mais intensas no sentido de pensar o cinema enquanto experiência coletiva, produtora de encontros e novas subjetividades”, diz o pesquisador. A programação propõe uma intensa participação de universitários da UFF, e também de outras instituições de ensino espalhadas pelos países do BRICS, como a Universidade de Calcutá, a Universidade da Cidade do Cabo e a Academia Nacional de Artes Chinesas.

Preservação da memória

O Departamento de Cinema e Vídeo da UFF se destaca pela experiência no campo da preservação audiovisual, particularidade evidenciada na criação do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA), em 2017. Suas atividades são direcionadas também para a promoção do cinema amador fluminense, o que abriga tanto a produção de filmes do próprio curso quanto diversos tipos de filmes amadores realizados no Estado do Rio de Janeiro.

O LUPA surgiu como ideia no departamento em 2014, quando o prédio novo do Instituto de Artes e Comunicação Social estava em obras e foi prevista a instalação de um laboratório de preservação audiovisual. Inaugurado em 2017, conquistou seu espaço físico apenas um ano depois, na sala 13D do campus. O trabalho desenvolvido nesse ambiente consiste na restauração de equipamentos antigos como o Super 8, formato cinematográfico configurado e lançado pela empresa Kodak nos anos 60. O laboratório possui equipamentos de edição e projeção para os processos de inspeção e limpeza dos materiais, além de uma mesa enroladeira para revisão de filmes em bitolas 16 e 35mm.

A programação do evento inclui a residência estudantil, cursos de história do cinema russo e soviético, chinês, indiano e sul-africano; fóruns, exposições e encontros. Entre 3 e 9 de outubro, o Cine Arte UFF exibirá uma mostra de animação gratuita voltada a estudantes da rede básica de ensino municipal, utilizando equipamentos e objetos históricos relacionados ao audiovisual para contar a história do cinema. Além disso, haverá a Mostra de Clássicos, aberta ao público em geral e com sessões gratuitas. A abertura oficial das mostras e da exposição no Centro de Artes UFF ocorrerá na noite do dia 2 de outubro. As sessões de filmes dos cinco países estão programadas entre os dias 3 e 9 de outubro, no CineArte UFF e no Reserva Cultural. A Cerimônia de Encerramento e Premiação dos vencedores da Mostra Contemporânea está prevista no dia 9 de outubro, às 20h.

Confira a matéria completa no site da UFF. 

Brasil tem participação recorde na terceira chamada conjunta em CT&I dos BRICS

A cooperação científica entre os países do BRICS — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — está atraindo cada vez mais o interesse dos cientistas do bloco. Essa é uma das conclusões da 5ª Reunião de Agências de Fomento à CT&I dos BRICS, finalizada nesta terça-feira (17), em Paulínia – SP. Além disso, a participação do Brasil nos projetos conjuntos do bloco foi recorde na última chamada realizada. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) participou da delegação brasileira na reunião, que faz parte da agenda da 7ª Reunião Ministerial de Ciência, Tecnologia e Inovação dos BRICS.

Durante o encontro, o secretariado do grupo de trabalho apresentou uma análise detalhada dos projetos submetidos na terceira chamada conjunta para projetos de pesquisa, lançada em abril deste ano. Com 13 áreas prioritárias, a chamada teve 331 propostas submetidas, das quais 33 foram aprovadas para financiamento pelas agências do bloco.

O coordenador de Cooperação Internacional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Lélio Fellows, destacou que a presença do Brasil em projetos conjuntos aumentou. “Das três chamadas, esta será a que vai ter mais projetos em geral e a que terá mais projetos com participação brasileira”, disse. Dos 33 projetos aprovados, 18 vão ter participação brasileira. “Parece que são poucos projetos, mas é uma das cooperações mais promissoras que temos na área de ciência e tecnologia. ”

Também é importante destacar que os projetos aprovados cobriram quase todas as áreas prioritárias, e  a participação do Brasil nas três chamadas e garante a continuidade da cooperação. “Isso consolida uma boa relação no arranjo do BRICS”, afirmou o coordenador, que integrou a delegação brasileira.

As delegações avaliaram que nos últimos anos foi possível observar a formação de uma identidade científica própria do BRICS, com crescente interesse no programa de cooperação, reforçado pelo financiamento constante dos 5 países. A chamada-piloto em 2016 recebeu 320 propostas em 10 áreas temáticas; a segunda chamada em 2017 recebeu 462 propostas em 6 áreas. O lançamento de sucessivas chamadas permitiu o interesse continuado no programa.

O grupo de trabalho fez uma avaliação do ciclo-piloto de cinco anos e já iniciou a discussão para o lançamento do próximo ciclo. Segundo o coordenador-geral de Cooperação Multilateral do MCTIC, Carlos Matsumoto, a próxima chamada deve ser lançada no final de 2020. “Pudemos concluir os projetos, fazer um balanço das chamadas anteriores e projetar como será a do ano que vem.”

Agenda

Com a conclusão da 5ª Reunião das Agências de Fomento à C,T&I do BRICS, o documento final será encaminhado para apreciação na 9ª Reunião de Altos Funcionários de Ciência, Tecnologia e Inovação do BRICS, que tem início nesta quarta-feira (18) . O encontro vai, entre outras atividades, debater a criação de um mecanismo permanente de gerenciamento e coordenação das atividades de C,T&I do bloco, avaliar o Plano de Trabalho do BRICS em C,T&I 2019-2022, os resultados da terceira chamada conjunta e tratar de assunto relacionados à Rede de Inovação dos BRICS (iBRICS).

Além da reunião de alto nível com os ministros, que acontece na sexta-feira (20) a agenda inclui uma visita técnica ao Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração, em fase final de testes no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, instituto vinculado ao MCTIC. As resoluções e temas discutidos nas atividades preliminares serão apresentados na reunião de ministros e servirão de subsídio para o debate e a produção da declaração final do encontro. Após a leitura da declaração e do plano de trabalho, será realizada uma entrevista coletiva com jornalistas.

BRICS

O BRICS é o agrupamento formado por cinco grandes países emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Juntos, os BRICS representam 26,46% da área terrestre mundial, 42,58% da população mundial, 13,24% do poder de voto do Banco Mundial e 14,91% das quotas da FMI. Segundo as estimativas do FMI, os cinco países geraram 22,53% do PIB mundial em 2015 e contribuíram com mais de 50% do crescimento econômico mundial nos últimos 10 anos. No campo científico e tecnológico, os BRICS contribuem com 17% do investimento global em P&D e com 27% dos artigos científicos publicados nos periódicos internacionais.

Além dos encontros presidenciais (cúpula e encontro informal à margem do G20), o BRICS organiza, por meio de sua presidência rotativa, cerca de 100 reuniões anuais, são realizadas 15 reuniões em nível ministerial nas áreas de Relações Exteriores, Finanças, Saúde, Comércio, Agricultura, Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação, entre outros, e dezenas de encontros de altos funcionários, eventos técnicos, bem como reuniões nas áreas de cultura, educação e esporte.

Ao longo de 2019, o Brasil exercerá a presidência de turno do BRICS. A ênfase da presidência brasileira será na promoção de ciência, tecnologia e inovação; da economia digital; do aumento dos contatos entre o setor produtivo e o NDB; e no reforço da cooperação no combate a crimes transnacionais. Além disso, estão programados dezenas de eventos acadêmicos, esportivos, culturais e artísticos ao longo de todo o ano.

Fonte: Site MCTIC

Quando a sociedade é quem anda doente: pesquisa na UFF investiga sofrimento psíquico em tempos de capitalismo selvagem

Há muitas maneiras de acessar um tempo passado ou presente na história da humanidade, com suas formas de existir, de organizar a vida e se relacionar. Uma das chaves para conhecer cada um desses períodos é através dos modos de sofrimento que se produziram nele. A anorexia, depressão e cutting, por exemplo, são os nomes com que identificamos algumas das dores psíquicas que temos vivido atualmente. Ao contrário do que se pode imaginar, elas têm características em comum e colocam em evidência o modo adoecido como temos nos relacionado em sociedade. 

Buscando compreender esse cenário, foi inaugurado, em 2011, o Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas (Lapsicon), sob a coordenação da professora do Departamento de Psicologia da UFF de Volta Redonda, Claudia Henschel de Lima. De lá pra cá, o laboratório, que iniciou suas investigações em torno da psicopatologia do uso de drogas, tem expandido bastante a sua pesquisa na direção dos fenômenos clínicos contemporâneos, numa tentativa de cuidar das formas de sofrimento que temos gerado com nosso modo de viver.

Segundo a psicóloga, que também supervisiona uma linha de estágio no Serviço de Psicologia Aplicada da UFF, associada à pesquisa, “começou-se a receber nos últimos anos uma quantidade grande de demandas para tratamento da depressão em mulheres adultas principalmente, tratamento da anorexia, conduta autolesiva, uso de drogas e, mais recentemente, autismo”. De acordo com ela, “o SPA é uma espécie de laboratório no sentido de que ali temos como investigar na singularidade de cada caso quais as conjunturas de desencadeamento dessas psicopatologias e como podemos estabilizá-las ao longo do tempo”, explica.

Há uma exigência excessiva que o sujeito atribui a si próprio de estar sempre bem, sempre saudável, sempre conforme as normas sociais”, Claudia Henschel.

O fio que costura todos esses sofrimentos é, para Claudia, a forma contemporânea de organização social de caráter neoliberal, que impacta diretamente o funcionamento subjetivo das pessoas: “O neoliberalismo tem esse traço que localiza no sujeito a responsabilidade completa pelo destino de sua vida. Com seu fundamento de valorização extrema do indivíduo e quantificação de sua ação, estar bem numa determinada atividade depende única e exclusivamente do quanto você é capaz. Há uma exigência excessiva que o sujeito atribui a si próprio de estar sempre bem, sempre saudável, sempre conforme as normas sociais”.

Um exemplo de como isso tem aparecido diz respeito ao sofrimento psíquico estudantil, um dos eixos de investigação do Laboratório. Segundo a professora, “em 2016, começaram a aparecer muitos alunos se candidatando a tratamento e todos tinham uma queixa de estarem com baixíssima concentração nos estudos, de não conseguir entender o que os professores falavam em aula, de olharem para o horizonte de suas vidas e não verem a possibilidade de avançarem em nada. Tivemos algumas situações difíceis no campus e isso chamou a atenção dos meus bolsistas, que vieram me pedir a possibilidade de abrirmos vagas para tratamentos dessas situações dos estudantes. Muitos deles são extremamente preocupados com seu desempenho da universidade, para realizar o ideal que os pais projetaram neles”.

O excesso de exigência também aparece, embora de forma distinta, nas práticas de autolesão do sujeito (cutting), quadro cada vez mais frequente nos consultórios e também no SPA. Claudia explica que a autolesão é comum no momento de passagem da infância para a adolescência: “nesse momento uma série de modificações estão acontecendo no funcionamento subjetivo e na própria imagem corporal. O peso muda, a altura muda, os caracteres sexuais secundários aparecem e alteram a estética do sujeito que às vezes seis meses antes era uma criança. Muitas vezes se experimentam as exigências do mundo como uma espécie de experiência de não pertencimento. A equação é: ‘eu não me enquadro, sou culpado pelo mal que produzo em meus pais e se sou culpado, mereço o castigo e então me corto’. O efeito dessa conduta é a de produzir uma dor física que supere a dor da culpa por fazer mal a seus pais”, ressalta.

A prática da autolesão também coloca em evidência outro aspecto comum na clínica da contemporaneidade, em que a forma como o indivíduo ataca o seu corpo acaba por colocá-lo vulnerável diante da morte: “o que é a anorexia se não a estetização da morte? O sujeito faz uma cadaverização de seu corpo. O que é o cutting se não a prática de ferir e vilipendiar o corpo? Trabalhamos com sujeitos que fazem uso de 12, 14, 15 pedras de crack por dia. Sabemos que no horizonte desses recursos – à lâmina, a não comer nada, à droga – existe a morte. Clinicamente falando, a temática não é uma exceção, mas a regra. Todos os dias na clínica é dia de prevenção do suicídio”.

Para o mestrando em psicologia Thalles Cavalcanti Sampaio, que já participou do Lapsicon como voluntário, monitor e também bolsista de iniciação científica, “um projeto como esse traz à tona a importância da universidade pública para a educação e a ciência. Não é só a garantia de um ensino superior de qualidade, como a prova viva de que, no Brasil, a ciência é desenvolvida dentro das nossas universidades. Estar inserido no Lapsicon me deu a oportunidade de aprender o que é ser um pesquisador hoje no Brasil, o que é uma carreira acadêmica. O Lapsicon me fez querer ser professor, cientista e pesquisador”.

O estudante de psicologia Daniel Cavalcante, atualmente estagiário do SPA e bolsista de iniciação científica do laboratório, engrossa o coro: “vejo que a universidade pública é o maior expoente nacional em produção científica e tecnológica, como em nenhum outro ambiente. A UFF transforma não só a minha vida, como a de colegas meus e das pessoas que usufruem dos produtos e serviços dela à comunidade”, enfatiza.

Maria Stela Campos, também mestranda em psicologia com passagem pelo Lapsicon, tem uma vivência parecida com a de Thalles e Daniel: “participar do Lapsicon permitiu que eu me reconhecesse como pesquisadora, o que em minha concepção ultrapassa a formação acadêmica. Trata-se de um projeto que atravessa também minha vida pessoal”.

Para a coordenadora do laboratório, Thalles, Daniel e Maria não são simplesmente alunos: “eles são meus parceiros de pesquisa”. Segundo ela, ao contrário do que muitos pensam, “a profissão do psicólogo é ancorada em princípios científicos. O estudante não está ali para fazer uma reprodução de saberes; isso ele já fez na escola. Ele está ali para produzir conhecimento. A bolsa de iniciação científica é isso. A bolsa de extensão é isso. A bolsa de monitoria é isso. Essas são as ferramentas que a universidade oferece para a produção de cientistas. Chamo meus estudantes de cientistas em formação”.

Apaixonada pelo seu trabalho e pela psicologia, Claudia afirma não se ver fazendo outra coisa na vida: “se tem uma coisa pela qual não me arrependo é ter insistido numa profissão 

que minha família na época dizia que não iria dar certo. E eu disse: ‘vai dar certo’. Fiz a universidade num momento terrível do país que era prévio à abertura política. Cursei o mestrado e o doutorado o tempo todo acreditando que era possível. Acho que é isso o que transmito aos meus alunos, o ‘é possível’. Eles, por sua vez, transmitem isso aos pacientes”, conclui.

Fonte: UFF

Campanha “Ciência, pra que Ciência” da SBPC

A SBPC lançou no dia 04 de setembro de 2019 a campanha “Ciência, pra que Ciência?” com o objetivo de chamar a atenção para o impacto que as pesquisas têm no desenvolvimento econômico e social do Brasil e como os cortes severos impostos pelo governo às duas principais agências de fomento do país podem desmantelar todo um sistema nacional de ciência e tecnologia com prejuízos para toda a população.

A SBPC convida todos os estudantes e pesquisadores, desde a iniciação científica até a pós-graduação, a participar da campanha e enviar seus vídeos, que serão amplamente divulgados nas mídias sociais da entidade. Basta gravar um breve vídeo, com duração de 30 segundos a um minuto, e carregá-lo neste link e enviar por e-mail sbp@sbponline.org.br. O depoimento pode ser gravado em celular mesmo, em alta definição, com o aparelho na horizontal.  Na abertura do vídeo, se apresente – com nome, área de pesquisa e instituição – e conte sobre a importância de sua pesquisa e da bolsa CNPq ou Capes para continuidade desse estudo.

A campanha “Ciência, pra que Ciência?” soma forças às intensas manifestações que a SBPC, com apoio da SBP e de outras entidades científicas do país, vem realizando em defesa dos recursos para a viabilização da Ciência no Brasil, como o abaixo-assinado online #SomosTodosCNPq. A petição foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia no dia 28 de agosto e já recebeu quase 1 milhão de assinaturas. Ela continua disponível neste link para quem ainda quiser assinar.

Fonte: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

Escritório de Atendimento ao Empreendedor lança aplicativo de suporte ao MEI amanhã (05)

O Ajuda MEI, serviço online de consultoria de negócios gratuita do Escritório de Atendimento ao Empreendedor (EAE) da UFF, lança no próximo dia 05 de setembro, às 15h, um aplicativo com objetivo de dar suporte a empreendedores não formalizados e Microempreendedores Individuais, conhecidos como MEI. O lançamento do aplicativo também será transmitido ao vivo pelo facebook

O EAE conta com uma equipe de 8 bolsistas do curso de graduação em Processos Gerenciais. O projeto é financiado por meio de Emenda Parlamentar e motivado pela crescente dificuldade encontrada pelos MEIs para atender às exigências administrativas decorrentes da obtenção de um CNPJ. De acordo com dados do Portal do Empreendedor, o Brasil já possui mais de 8,2 milhões de CNPJs criados como MEI.

O Escritório está sediado no campus do Valonguinho, na UFF de Niterói, funcionando como uma startup acadêmica, vinculada ao Departamento de Empreendedorismo e Gestão. Tem como objetivo implementar uma nova interface entre a UFF e a sociedade através da criação de uma metodologia inovadora e eficaz para suporte ao MEI através de uma combinação de canais online e offline.

Você também pode acompanhar o serviço e tirar dúvidas através do Instagram do Ajuda MEI. 

“Brazil: Life and Culture”: conheça o curso de férias para estrangeiros

A UFF, através da Superintendência de Relações Internacionais (SRI), reuniu, entre 29 de julho e 9 de agosto, alunos de sete países diferentes na primeira edição do Brazil: Life and Culture, curso de férias oferecido para seus estudantes estrangeiros e que tem como principal objetivo ensinar não só o ensino da língua brasileira como promover a cultura nacional, nos seus mais diferentes aspectos.

Ao longo das duas semanas os intercambistas, oriundos de sete países: Eslováquia,  República Tcheca, República Dominicana, Benin, Argentina (2), Marrocos e Alemanha, participaram de um curso intensivo de Português para Estrangeiros, além de aulas sobre Economia, Cultura, Arquitetura, Música, Geografia, de aulas práticas de futebol, forró e culinária brasileira. Ao final de cada semana também foram realizados passeios guiados pelos pontos turísticos das cidades de Niterói e Rio de Janeiro.

“A importância dessa iniciativa é fortalecer as parcerias que já temos formalizadas com centenas de instituições acadêmicas ao redor do mundo. Receber alunos estrangeiros em nossa instituição faz parte de nosso plano de internacionalização, por isso a SRI pretende  oferecer esse curso anualmente”, ressalta Lívia Reis, superintendente de Relações Internacionais.

A mestranda em arquitetura e integrante do curso de férias, Juliana Del Castillo, desembarcou há quatro meses no Brasil, e mostrou-se muito interessada pela cultura do país. Nascida no norte da  Argentina, a intercambista destacou os conteúdos que mais lhe interessaram durante as aulas. “O curso me ajudou muito a entender a história do Brasil, a cultura em geral como a música e a literatura. Também gostei bastante da aula de dança, é muito diferente da que tive contato em meu país”, destaca.

Além disso, a grande diversidade de estudantes participando do curso de férias também surpreendeu Juliana. “Não estava acostumada a ter contato com pessoas de tantos países diferentes. Onde eu moro, de estrangeiros, só conheço gente da Bolívia ou das províncias ao redor da cidade, mas aqui pude conhecer alunos de muito longe, como a República tcheca e Marrocos.” Já para o outro integrante da turma e também mestrando em Arquitetura, Ray Fleury, “participar de aulas com alunos de outras nacionalidades não é muito diferente, é só uma questão de conhecer outras culturas”, garantiu. O intercambista acredita que o Brasil é muito semelhante ao seu país de origem, a República de Benin, no continente africano e por esse motivo teve um interesse especial pelo conteúdo apresentado na aula de história brasileira.

A professora de português do Instituto de Letras da UFF, Adriana Rebello, foi a responsável pelas aulas diárias de língua portuguesa oferecidas aos participantes. A docente, que tem 25 anos de experiência com alunos de outras nações, atentou-se para a importância do entendimento do idioma local para o convívio deles no país. “Quando o aluno estrangeiro vem pro Brasil, nós categorizamos isso como um estudo de línguas em imersão. Além de usar o idioma na comunidade acadêmica, ele precisa também interagir com a comunidade fora da universidade. Então, é fundamental o estudo da língua para conseguir fazer os trabalhos e também sobreviver na cidade”, explica.

Assim, com foco no acolhimento desses estudantes, o Brazil: Life and Culture oferece bem mais aos participantes do que noções da língua portuguesa. Para Adriana, os diversos ensinamentos acerca da história e cultura nacional ajudam os intercambistas a construir uma visão mais completa sobre o país. “É importante que eles entendam o país como um todo. Então, o fato deles se familiarizarem com a língua e tudo que a envolve é fundamental para que compreendam como as coisas funcionam aqui, a cabeça do brasileiro, além de ter uma visão mais global da nossa cultura”.

Fonte: UFF

Divisão de Inovação e Tecnologia Social da UFF participa de eventos em Sergipe e Belo Horizonte

A equipe da  Divisão de Inovação e Tecnologia Social da Agência de Inovação (AGIR/UFF) participou de debates em agosto de dois importantes eventos para os estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), o II Encontro de Tecnologia Social, Meio Ambiente e Inovação de Sergipe, em Aracaju, e o VIII Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Sociedade (ESOCITE), realizado em Belo Horizonte. 

O ESOCITE teve como sede CEFET-MG e aconteceu entre os dias 15 e 17 de agosto. Nossa equipe esteve presente no evento apresentando um pouco do trabalho realizado pelo setor e resultados parciais de um levantamento bibliográfico sobre o termo tecnologia social, bem como seu desdobramento em pesquisas científicas. 

Já entre os dias 19 a 23, a participação foi na Universidade Federal de Sergipe (UFS), sede do II Encontro de Tecnologia Social, Meio Ambiente e Inovação de Sergipe. Na ocasião, nossos pesquisadores ministraram a palestra “A experiência da Agência de Inovação da UFF. Catálogo de Tecnologias Sociais”, no dia 19 de agosto, e o minicurso “Catálogo de Tecnologias Sociais”, no dia 20 de agosto. Além de proporcionar discussões sobre a temática das tecnologias sociais, o evento proporcionou a construção de bases para a criação e consolidação do Núcleo de Tecnologia Social (NTS) da UFS.

“É extremamente importante nossa participação em eventos como esses. Destacar nosso trabalho é muito necessário, mas, antes de tudo, é uma oportunidade de diálogo e troca com outros interlocutores, sobretudo porque estamos falando de tecnologias sociais, uma campo tão multidisciplinar e fundamental para o fortalecimento dos estudos de  CTS”, comenta Lumárya Sousa, pesquisadora assistente da equipe da Divisão de Inovação e Tecnologias Sociais da UFF. 

“Ficamos muito felizes em estreitar nossos laços com o Núcleo de Tecnologia Social da UFS e podermos trocar as mais diversas experiências teóricas e práticas sobre o tema. É impressionante a diversidade de abordagens e perspectivas que encontramos ao longo do evento, o que reforça a polissemia e interdisciplinaridade das tecnologias sociais e suas importantes contribuições para a sociedade”, finaliza Hugo Virgilio, membro da equipe Divisão de Inovação e Tecnologias Sociais da UFF.

Conheça os finalistas do prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais 2019

As 24 tecnologias sociais finalistas do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais de 2019 já são conhecidas. As iniciativas brasileiras que concorrem à premiação final são dos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal,Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. Já as do exterior, que disputam na categoria internacional, são da Guatemala, Colômbia e República Dominicana.

Enquanto não conhecemos os vencedores (que serão anunciados em outubro), confira aqui lista dos finalistas, que foram selecionados considerando-se a efetividade, inovação, sistematização da tecnologia e a interação com a comunidade.

A premiação deste ano foi aberta a entidades sem fins lucrativos, como instituições de ensino e de pesquisa, fundações, cooperativas, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais de direito público ou privado, legalmente constituídas no Brasil e países da América Latina e do Caribe.

As tecnologias finalistas brasileiras concorrem a R$ 700 mil em prêmios divididos entre as categorias nacionais, sendo R$ 50 mil para o primeiro colocado, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro de cada uma das categorias. As três iniciativas do exterior que compõe a categoria Internacional foram identificadas como tecnologias sociais que possam ser reaplicadas no Brasil e que constituam efetivas soluções para questões relativas a Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital; Educação,Geração de Renda e Meio Ambiente.Todas as tecnologias finalistas ganharão um troféu e um vídeo retratando a iniciativa. Além disso, serão convidadas a participar do Encontro de Tecnologia Social, que será realizado em Brasília (DF), antecedendo a noite de premiação. Elas também passaram a fazer parte do Banco de Tecnologias Sociais (BTS).

Projeto da UFF recupera saúde bucal e autoestima de mulheres com câncer

Num dos mais clássicos contos de fada da humanidade, chamado Cinderela, uma bela e maltrapilha jovem, que tinha a vida controlada pela madrasta, consegue escapar da prisão onde morava para ir ao encontro de um príncipe, em um baile, com a ajuda de sua fada madrinha. Não por acaso, esse é também o nome do projeto da Faculdade de Odontologia da UFF que acolhe mulheres com câncer para o tratamento de afecções bucais e resgate de sua autoestima.

De acordo com a idealizadora da iniciativa e estudante de odontologia, Stephanie Souza Almeida, “o nome Cinderela foi escolhido porque teríamos fadas madrinhas que transformariam essa mulher fragilizada em uma mulher princesa”. Mas a ideia é que as transformações perdurem muito além da meia noite, momento em que, no conto de fadas, o encanto é desfeito e Cinderela retorna à sua vida de gata borralheira. Segundo Stephanie, as mudanças são visíveis e também duradouras: “conseguimos tirar muitas mulheres de um quadro de reclusão e depressão. Conseguimos ajudar numa melhor aceitação da doença. Consequentemente, o tratamento progride de forma diferente”.

Não se trata de mágica, como no conto original de Cinderela: são muitas pessoas trabalhando para alcançar resultados tão positivos. Quatro vezes ao ano, um grupo de mais de cinquenta alunos voluntários, professores e também assistentes externos, se reúne em um dos prédios de odontologia da UFF para receber essas mulheres, selecionadas após uma divulgação realizada pelos participantes do projeto.

Assim que chegam ao local, elas passam por um atendimento odontológico para levantamento de suas principais necessidades e também para que sejam repassadas orientações e informações a respeito de sua saúde bucal. De acordo com Lucíola de Luca, professora responsável pelo projeto, “normalmente, é feita uma profilaxia, fechamento de cavidades, alguns ajustes de próteses, levando em consideração a queixa do próprio paciente. Em relação às demandas que não podem ser solucionadas no período de atendimento de uma hora, buscamos uma vaga em uma das clínicas ambulatoriais da faculdade”, explica.

Lucíola enfatiza a importância de haver uma conscientização sobre os prejuízos causados à saúde bucal durante o tratamento de câncer, que são desconhecidos por muitos: “quando você recebe um diagnóstico como esse, a última coisa que você vai pensar é em saúde bucal. Como infelizmente em nosso país nem todo mundo está em dia com os cuidados odontológicos, os problemas que já existem se somam aos que acabam ocorrendo em função do tratamento, causando além de desconforto complicações bastante sérias”.

No projeto, após passarem pela fase de tratamento odontológico, as pacientes participam de atividades para trabalhar a sua autoestima, que vão desde maquiagem profissional, até oficina de lenços, onde aprendem a fazer diferentes tipos de amarrações. Além disso, elas se produzem com acessórios, recebem massagem nas mãos, fazem uma sessão de fotos, integram uma oficina de meditação e, ao final, se reúnem em uma roda de conversa, para trocar experiências e fortalecer essa rede de apoio que passam a formar.

De acordo com a professora, “nos estudos observa-se como uma boa autoestima influencia positivamente a paciente durante o tratamento. A perda do cabelo, a mudança da cor da pele, as olheiras… Todo esse abatimento leva muitas vezes a um desânimo e a uma depressão que impedem até a continuidade do tratamento oncológico. A estratégia de juntar a saúde bucal com a melhora da autoestima é justamente fazer com que a mulher acredite que é possível ser feliz mesmo em um momento tão difícil”, ressalta.

Para a dona de casa Palmira Silva de Brito, que há um ano e meio luta contra um câncer de mama, participar do projeto a ajuda de muitas maneiras. Segundo ela, “o que não pode é ficar apavorado quando se escuta essa palavra e achar que acabou tudo. Com autoestima, amor próprio e alegria de viver, tudo vai dando certo. Além disso, com outras pessoas junto é muito mais fácil do que sozinho”.  

Outro braço importante do projeto é o de capacitação de estudantes, por meio de palestras periódicas, para o atendimento a pacientes imunologicamente comprometidos. Lucíola destaca que o mais interessante dessa iniciativa é sua característica de multiplicidade de ações, envolvendo diferentes atores no processo e impactando não somente a comunidade universitária, mas a sociedade como um todo: “ao mesmo tempo em que estamos devolvendo à sociedade todo o investimento que recebemos com um atendimento especializado a uma pessoa que está passando por um momento tão difícil, estamos especializando nosso aluno, preparando um profissional muito mais capacitado e humanizado. Não estamos ensinando somente uma metodologia profissional, mas a lidar com o ser humano num momento frágil, com toda a técnica e conhecimento científico disponível. E isso só é possível numa universidade pública”, arremata.

Fonte: Site UFF

SBPC lança abaixo-assinado em defesa do CNPq

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), juntamente a outras 65 entidades científicas e acadêmicas, incluindo o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, lançou nesta terça-feira, 13 de agosto, uma petição online em defesa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O abaixo-assinado alerta para a situação crítica em que se encontra a agência, em risco iminente de cortar o financiamento das bolsas de estudos de mais de 80 mil pesquisadores em todo o País e no exterior. Segundo o texto, o governo precisa urgentemente recompor o orçamento do CNPq aprovado para 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que a agência possa cumprir seus compromissos deste ano. A petição conclama as instâncias decisórias do Executivo e do Legislativo Federal a reverterem imediatamente este quadro crítico de desmonte do CNPq e a colocarem também, no Orçamento de 2020, os recursos necessários ao funcionamento pleno do CNPq.

“A nação não pode perder este patrimônio construído ao longo de décadas pelo esforço conjunto de cientistas e da sociedade brasileira”, afirmam as entidades no manifesto.

A petição online está disponível neste link. Conclamamos todos a assinarem e compartilharem em suas redes de contatos. Quanto mais adesão, mais força a petição terá.

Leia abaixo o texto do abaixo-assinado:

Em defesa dos recursos para o CNPq e contra a sua extinção

Nós, entidades científicas e instituições de ensino e pesquisa, pesquisadores, professores, estudantes, técnicos, empresários, profissionais liberais, trabalhadores, cidadãs e cidadãos brasileiros que se preocupam com o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, nos dirigimos às autoridades máximas do País e aos parlamentares do Congresso Nacional, por meio deste abaixo-assinado, em defesa de recursos adequados para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq e contra a sua extinção.

Manifestamos grande preocupação diante da grave situação orçamentária e financeira do CNPq, que coloca em risco décadas de investimentos em recursos humanos e na infraestrutura para pesquisa e inovação no Brasil. A comunidade científica tem alertado há meses, sem sucesso, o Governo Federal e o Congresso Nacional para o déficit de R$ 330 milhões no orçamento do CNPq em 2019. Se esta situação não for rapidamente alterada, haverá a suspensão do pagamento de todas as bolsas do CNPq a partir de setembro deste ano. Este fato, se concretizado, colocará milhares de estudantes de pós-graduação e de iniciação científica, no país e no exterior, em situação crítica para sua manutenção e para o prosseguimento de seus estudos, além de suspender as bolsas de pesquisadores altamente qualificados em todas as áreas do conhecimento. Em função dos drásticos cortes orçamentários para a Ciência, Tecnologia e Inovação, já se observa uma expressiva evasão de estudantes, o sucateamento e o esvaziamento de laboratórios de pesquisa, uma procura menor pelos cursos de pós-graduação e a perda de talentos para o exterior. Este quadro se acelerará dramaticamente com a suspensão do pagamento das bolsas do CNPq.

O CNPq tem sofrido, ainda, uma forte redução nos recursos de custeio operacional e séria limitação em seu pessoal técnico. Isto gera dificuldades crescentes na manutenção de seus programas e atividades, que são essenciais para o Sistema Nacional de CT&I.  Criado em 1951, o CNPq tem sido um vetor fundamental para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e, também, para a economia do País. O impacto positivo da pesquisa científica brasileira, nos diversos campos da atividade econômica e nas políticas públicas do País, é evidenciado por inúmeros casos de sucesso, como na saúde pública (por exemplo, a prevenção e controle do Zika), no enorme crescimento na produção de grãos, em particular a soja, em inúmeras inovações que melhoram a qualidade de vida dos brasileiros e na descoberta e exploração do Pré-sal. A nação não pode perder este patrimônio construído ao longo de décadas pelo esforço conjunto de cientistas e da sociedade brasileira.

Queremos a recomposição imediata do Orçamento do CNPq, em 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que ele possa cumprir os seus compromissos deste ano, em particular no pagamento das bolsas.

Conclamamos as instâncias decisórias do Executivo e do Legislativo Federal a reverterem imediatamente este quadro crítico de desmonte do CNPq e a colocarem também, no Orçamento de 2020, os recursos necessários ao funcionamento pleno do CNPq.

Consideramos inaceitável a extinção do CNPq, como sinaliza este estrangulamento orçamentário e uma política para a CT&I sem compromisso com o desenvolvimento científico e econômico do País e com a soberania nacional.

#somostodosCNPq

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