SBPC lança abaixo-assinado em defesa do CNPq

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), juntamente a outras 65 entidades científicas e acadêmicas, incluindo o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, lançou nesta terça-feira, 13 de agosto, uma petição online em defesa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O abaixo-assinado alerta para a situação crítica em que se encontra a agência, em risco iminente de cortar o financiamento das bolsas de estudos de mais de 80 mil pesquisadores em todo o País e no exterior. Segundo o texto, o governo precisa urgentemente recompor o orçamento do CNPq aprovado para 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que a agência possa cumprir seus compromissos deste ano. A petição conclama as instâncias decisórias do Executivo e do Legislativo Federal a reverterem imediatamente este quadro crítico de desmonte do CNPq e a colocarem também, no Orçamento de 2020, os recursos necessários ao funcionamento pleno do CNPq.

“A nação não pode perder este patrimônio construído ao longo de décadas pelo esforço conjunto de cientistas e da sociedade brasileira”, afirmam as entidades no manifesto.

A petição online está disponível neste link. Conclamamos todos a assinarem e compartilharem em suas redes de contatos. Quanto mais adesão, mais força a petição terá.

Leia abaixo o texto do abaixo-assinado:

Em defesa dos recursos para o CNPq e contra a sua extinção

Nós, entidades científicas e instituições de ensino e pesquisa, pesquisadores, professores, estudantes, técnicos, empresários, profissionais liberais, trabalhadores, cidadãs e cidadãos brasileiros que se preocupam com o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, nos dirigimos às autoridades máximas do País e aos parlamentares do Congresso Nacional, por meio deste abaixo-assinado, em defesa de recursos adequados para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq e contra a sua extinção.

Manifestamos grande preocupação diante da grave situação orçamentária e financeira do CNPq, que coloca em risco décadas de investimentos em recursos humanos e na infraestrutura para pesquisa e inovação no Brasil. A comunidade científica tem alertado há meses, sem sucesso, o Governo Federal e o Congresso Nacional para o déficit de R$ 330 milhões no orçamento do CNPq em 2019. Se esta situação não for rapidamente alterada, haverá a suspensão do pagamento de todas as bolsas do CNPq a partir de setembro deste ano. Este fato, se concretizado, colocará milhares de estudantes de pós-graduação e de iniciação científica, no país e no exterior, em situação crítica para sua manutenção e para o prosseguimento de seus estudos, além de suspender as bolsas de pesquisadores altamente qualificados em todas as áreas do conhecimento. Em função dos drásticos cortes orçamentários para a Ciência, Tecnologia e Inovação, já se observa uma expressiva evasão de estudantes, o sucateamento e o esvaziamento de laboratórios de pesquisa, uma procura menor pelos cursos de pós-graduação e a perda de talentos para o exterior. Este quadro se acelerará dramaticamente com a suspensão do pagamento das bolsas do CNPq.

O CNPq tem sofrido, ainda, uma forte redução nos recursos de custeio operacional e séria limitação em seu pessoal técnico. Isto gera dificuldades crescentes na manutenção de seus programas e atividades, que são essenciais para o Sistema Nacional de CT&I.  Criado em 1951, o CNPq tem sido um vetor fundamental para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e, também, para a economia do País. O impacto positivo da pesquisa científica brasileira, nos diversos campos da atividade econômica e nas políticas públicas do País, é evidenciado por inúmeros casos de sucesso, como na saúde pública (por exemplo, a prevenção e controle do Zika), no enorme crescimento na produção de grãos, em particular a soja, em inúmeras inovações que melhoram a qualidade de vida dos brasileiros e na descoberta e exploração do Pré-sal. A nação não pode perder este patrimônio construído ao longo de décadas pelo esforço conjunto de cientistas e da sociedade brasileira.

Queremos a recomposição imediata do Orçamento do CNPq, em 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que ele possa cumprir os seus compromissos deste ano, em particular no pagamento das bolsas.

Conclamamos as instâncias decisórias do Executivo e do Legislativo Federal a reverterem imediatamente este quadro crítico de desmonte do CNPq e a colocarem também, no Orçamento de 2020, os recursos necessários ao funcionamento pleno do CNPq.

Consideramos inaceitável a extinção do CNPq, como sinaliza este estrangulamento orçamentário e uma política para a CT&I sem compromisso com o desenvolvimento científico e econômico do País e com a soberania nacional.

#somostodosCNPq

Política Nacional de Tecnologia Social avança no Senado Federal

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT)  do Senado Federal aprovou no último dia 14 de agosto um projeto de lei que institui a Política Nacional de Tecnologia Social (PNTS). A proposta (PLS 111/2011) segue agora para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Tecnologias sociais são técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas em interação com a comunidade e que buscam soluções para problemas sociais. De acordo com a proposta, essas tecnologias unem saber popular e organização social a conhecimentos científicos e tecnológicos, buscando a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida para gerar efetiva transformação social. Essas atividades devem atender a requisitos de simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e reprodução e impacto social comprovado, define o texto.

O texto também lista os instrumentos da Política. Entre eles, estão os programas transversais entre os órgãos públicos, a extensão universitária; os fundos setoriais de ciência, tecnologia e inovação; e os convênios, com entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, para desenvolvimento de tecnologias sociais.

O parecer aprovado pela CCT rejeita uma emenda da Câmara dos Deputados ao projeto, restabelecendo a versão aprovada pelos senadores em 2015. É que os deputados retiraram do texto dois artigos que, de acordo com o relator na comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), dão concretude à proposta, apresentada pelo ex-senador Rodrigo Rollemberg. O artigo 5º determina que as atividades de tecnologia social receberão tratamento idêntico ao conferido às demais atividades desenvolvidas no setor de ciência, tecnologia e inovação. Já o artigo 6º elenca 11 políticas e projetos em que as atividades de tecnologia social deverão ser incluídas, dentre as quais as áreas de saúde, educação, inclusão digital, energia, meio ambiente, segurança alimentar e moradia popular.

“O artigo 5º é importante para fomentar o desenvolvimento da tecnologia social, pois permite que as organizações que atuam nessa área sejam incluídas no sistema de ciência e tecnologia do país e, consequentemente, façam jus aos benefícios e incentivos concedidos às empresas de ciência e tecnologia”, ressalta Renan no parecer, lido pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO).

Da mesma forma, segundo Renan, a manutenção do art. 6º é essencial para que as políticas para a ciência e tecnologia tenham como alvo o enfrentamento sustentável de problemas graves e crônicos, como o acesso a água potável, saneamento básico, segurança alimentar, educação, energia, habitação, saúde e inclusão digital.

Fonte: Senado Notícias

O céu é o limite: equipe da UFF produz foguete e se prepara para competição internacional

Você já ouviu falar em foguetemodelismo? Desde junho de 2018, a UFF conta com uma equipe de alunos de diversos cursos que projeta e fabrica foguetes – desde a construção do esqueleto externo até a fabricação do combustível. A LUFFT faz parte do Ramo Estudantil da instituição, conhecido como Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), e é uma iniciativa que tem como objetivo capacitar os graduandos envolvidos no projeto a aplicarem a teoria aprendida em sala de aula na construção de um foguete, além de participar de competições nacionais e internacionais da área. O nome da equipe, LUFFT, é um trocadilho com a palavra alemã luft – que significa aéreo em alemão – e seu atual projeto consiste em um modelo com alcance máximo de mil metros de altura.

Segundo o orientador do projeto, o professor do curso de relações internacionais e do programa de pós-graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança (PPGEST), Marcio Rocha, os graduandos são encarregados por todo o processo produtivo.  “Nosso protótipo conta com um sistema de recuperação por paraquedas e uma estrutura eletrônica capaz de fazer a ejeção deste dispositivo, além da leitura da velocidade atingida e a medição da altitude alcançada em tempo real. Seu corpo é fabricado com fibra de vidro, material que dá resistência e leveza para alçar os voos exigidos”, explica.

O grupo é composto por 16 estudantes de diversas áreas da engenharia (mecânica, física, química, etc.) – além de contar com dois integrantes da física e da química industrial. Marcio enxerga com bons olhos a criação de times como este, e acredita ser uma ótima oportunidade para que os alunos integrem os conhecimentos obtidos nas aulas com a vivência prática da profissão. “A LUFFT, assim como outras equipes de engenharia, permite essa opção de vivenciar a engenharia. Isso motiva ainda mais os alunos a entenderem toda a teoria presente nesse projeto, criando um ciclo benéfico de aprendizado e aprimorando ainda mais os conhecimentos em função dos resultados práticos obtidos. Como consequência, há um aumento na motivação para aprofundar a teoria em sala de aula”, ressalta o professor.

Para garantir uma melhor divisão de tarefas, os alunos são fragmentados em cinco setores dentro da equipe: Aerodinâmica, Recuperação, Aviônica, Propulsão e Logística. A chefe de Logística do grupo, Thaís Silva, explica um pouco da rotina de trabalho dos estudantes. “Acreditamos muito na potência das criações colaborativas e diversificadas. Na Equipe LUFFT temos alunos de quase todas as engenharias, ou seja, um ambiente único que proporciona trabalho em grupo e interação com graduações diversificadas, com visões diferentes. A divisão em células dentro da equipe incentiva principalmente a liderança e o comprometimento, sendo um diferencial para o nosso desenvolvimento acadêmico. Além disso, a participação em competições de foguetemodelismo leva o nome da UFF pelo Brasil afora e nos incentiva a ser modelos de excelência nessa área”.

Entre os próximos dias 9 e 11 de agosto, a LUFFT participará de sua primeira experiência em competições de Foguetemodelismo. O campeonato escolhido para a estreia foi o “Latin American Space Challenge (LASC)”, que será realizado em São Paulo, e reunirá estudantes e entusiastas espaciais de toda a América Latina. Batizado de “Missão Selene”, em homenagem à sonda japonesa “Selenological and Engineering Explorer”, lançada à lua em 2007, o desafio será uma chance não só de colocar em prática o conhecimento adquirido em quase um ano de trabalho como de aprender com adversários mais experientes. “Essa será nossa primeira competição, então queremos visibilidade. Nesse evento, entraremos em contato com diversas equipes que estão lá há mais tempo e com certeza teremos muito a aprender”, destaca a chefe de Aviônica da LUFFT, Thainá Fernandes.

Acesse o site da UFF para matéria na íntegra. 

Campanha “Quem se liga, desliga!” – Poupe energia elétrica na UFF

Energia elétrica, água, manutenção e limpeza são alguns dos principais gastos da UFF, que juntamente com outras despesas representam cerca de 16 milhões de custos mensais para a universidade, sendo 2,6 milhões por mês só com energia elétrica. Além de representar um alto impacto financeiro para a nossa instituição, o consumo destes bens atinge diretamente o meio ambiente e diferentes recursos naturais.

Por isso, vamos juntos repensar as nossas práticas de consumo na universidade e entender que nós, servidores, terceirizados e estudantes, podemos fazer a diferença para a UFF e para o planeta. Vista a camisa da campanha “Quem se liga, desliga!”, fique por dentro dos principais gastos da universidade em relação ao uso de energia elétrica e veja como é fácil evitar o desperdício. A redução nas despesas com energia pode ser utilizada em prol da própria UFF, na melhoria das nossas estruturas, ambientes de trabalho e salas de aula. Zelar pela natureza e cuidar do nosso patrimônio é responsabilidade de todos nós. Pense nisso!

Confira algumas das nossas dicas e coloque em prática ainda hoje.

– A partir das 18h, o custo com a energia elétrica é 5 vezes maior. Evite gastos desnecessários sobretudo entre 18h e 21h. Lembre-se de apagar as luzes ao sair da sala de aula ou do setor administrativo. Oriente seus colegas de trabalho e de estudo a fazerem o mesmo.

– Agosto é mês de bandeira tarifária vermelha. Por isso, ao longo do dia, mantenha as cortinas e portas abertas. Prefira a luz solar!

– Desligue também o computador no horário de almoço ou a tela do seu monitor. Não deixe os acessórios do computador (impressora, estabilizador, etc) ligados sem necessidade.

– Desligue as lâmpadas de locais que não estejam em uso, como laboratórios, salas de reunião e de aula, copas e auditórios.

– Sempre desligue o computador no final do expediente e opte trabalhar entre o período de 8h e 17h, principalmente, nos setores administrativos.

– Evite o uso do aparelho ar condicionado, principalmente, em dias amenos e frios. Para a ventilação do seu local de trabalho ou de estudo, mantenha as janelas abertas ou opte pelos ventiladores de teto;

– Não tape a saída de ar do aparelho, com cortinas e persianas.

– Existindo dois ou mais elevadores no mesmo Hall, acione apenas um. Se possível, dê preferência para a escada em caso de pequenos deslocamentos (um ou dois andares). Faz bem inclusive para a sua própria saúde

– Não sobrecarregue o elevador e respeite o número máximo de passageiros indicado. Além de ser mais seguro, você poderá evitar danos ou queima do motor.

Fonte: UFF 

Você se preocupa em fazer escolhas sustentáveis no seu dia a dia?

O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking de países que mais produzem lixo no mundo. Segundo dados do Banco Mundial, são 11,3 milhões de toneladas, o que equivale a 1kg de plástico por habitante, a cada semana! A UFF quer aprimorar suas práticas sustentáveis, sobretudo com o trabalho da Comissão Permanente de Sustentabilidade e, aproveitando a Semana do Meio Ambiente, que tal “comprar a ideia” de um consumo mais consciente? Separamos algumas boas dicas focadas na troca de produtos e até serviços, que podem ser interessantes para o seu dia a dia.

Você sabia que a camisa de algodão e a calça jeans são algumas das peças de vestuário que mais usam água em sua produção? A primeira pode consumir até 2,5 mil litros de água enquanto a segunda até 10 mil litros. Então ao invés de pagar por uma nova roupa que talvez um parente ou amigo já possua, você pode fazer uma troca com eles. Além disso, existem diferentes aplicativos e grupos nas redes sociais que te conectam com outras pessoas que querem trocar esses itens: o aplicativo Roupa Livre, a página Trocaderia e o Projeto Gaveta são ótimas opções.

Os sapatos também são itens que podem ser facilmente trocados. Hoje a maioria deles é produzida a partir de materiais como o couro e a borracha. E você sabe quantos anos, em média, esses materiais demoram para se decompor na natureza? O primeiro até 50 anos e o segundo cerca de 600 anos! Por isso uma boa opção, para o seu bolso e segurança do meio ambiente, é procurar feiras de trocas e reduzir o consumo desses itens.

Não só produtos, mas também a troca de serviços está em alta. O Beliive é uma rede de compartilhamento de tempo onde você troca conhecimento com outras pessoas. Por exemplo: se você dá aulas de inglês pode oferecer isso por lá e em troca fazer umas aulinhas de yoga. Para trocar itens diversos, o Tem Açúcar? estimula a troca entre vizinhos. Você se cadastra, define a sua localização, e a partir daí está liberado para pedir coisas emprestadas – e para emprestar. Já o Couchsurfing serve para encontrar um cantinho para dormir na próxima viagem. Cadastre-se e busque um anfitrião que tope recebê-lo por alguns dias no sofá da sala – às vezes tem até uma cama esperando por você.

Por último: livros. Às vezes falta espaço para tantos deles, e se desfazendo dos que você não quer mais, sobrará espaço para novas leituras. Além disso, ao trocar, você dá chance para que outras pessoas possam ler boas histórias. Você também pode doar livros e contribuir em um projeto social ou biblioteca pública, como a Biblioteca Central do Gragoatá, aqui na UFF. O aplicativo Livra Livro e o site Renova Livro também são ótimas formas de entrar em contato com interessados em trocas!

Fonte: UFF

Parceria entre UFF e Prefeitura de Niterói ampliará acesso de deficientes auditivos às informações de saúde

Com foco na acessibilidade e inclusão, uma parceria entre a UFF e a Prefeitura Municipal de Niterói, através da Fundação Municipal de Saúde (FMS), possibilitará a inovação na criação e confecção dos produtos de divulgação do órgão. Desde 25 de julho, boa parte dos cartazes, folhetos, banners e cartilhas produzidos pelo setor de artes gráficas da FMS passaram a receber um QR Code, que ao ser carregado no smartphone de um usuário com deficiência auditiva, possibilitará a obtenção de outras informações sobre o assunto, além das inseridas no material gráfico.

O projeto é coordenado pela professora de Libras do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da UFF, Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco. Ela leciona a língua brasileira de sinais para 27 cursos da instituição, bem como para o Instituto de Saúde Coletiva, situado no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), além da disciplina de Libras em Saúde para os estudantes da Faculdade de Medicina.

De acordo com Gildete, a ideia surgiu após ouvir o depoimento de uma usuária com surdez, que reclamava de não obter outras informações na língua de sinais. “Eu fiquei com aquela fala na cabeça e questionei como poderia propiciar acessibilidade para ela e outros surdos de forma clara e objetiva”, comentou a professora, ressaltando que pensou muito em aliar a sua prática à questão tecnológica. “Eu passei a gravar vídeos utilizando a libras. Foi assim que nasceu a proposta”, informou. Hoje, de acordo com a especialista, a maioria dos deficientes auditivos usa celular e acessa os conteúdos impressos e visuais em português, ampliando as informações em libras recebidas por meio do aparelho.

Com a utilização de um QR Code impresso no produto, o número de informações passadas à população com deficiência auditiva vem sendo ampliado. Sendo assim, a FMS está proporcionando aos usuários uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), a da equidade, que garante a todas as pessoas atendimento e informações confiáveis. Ainda segundo Gildete, a iniciativa vai ao encontro do que está estabelecido pela Lei de Libras.

“A iniciativa é inédita não só em Niterói como em todo o estado do Rio de Janeiro. Aliás, acredito que não exista no Brasil nenhum material deste porte. Torço para que ações como essa possam se multiplicar e que de fato o deficiente auditivo tenha mais visibilidade dentro dos espaços públicos de saúde”, afirma a professora. Além disso, o projeto vai ao encontro do que está estabelecido no Direito Linguístico, conforme o Decreto 5.626 de 2005, que a motivou na criação dos vídeos.

Os deficientes auditivos, relembra Gildete, encontram-se entre os grupos vulneráveis e desfavorecidos, que sofrem com o que chamamos de “uma barreira linguística”, onde se sentem impedidos de ter uma comunicação ágil e eficaz que permita a eles acessarem os serviços básicos fornecidos pela sociedade. A professora acredita que o material beneficiará não apenas surdos, mas também os profissionais que atuam direta e indiretamente com eles, uma vez que o material é bilíngue, em português e libras.

Desde 2017, acrescenta a professora, existe na UFF o projeto de extensão intitulado “Libras em Saúde: um estudo de sinonímia”, realizado por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), em parceria com um grupo de pesquisa do Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos (Nuedis). O objetivo é despertar o interesse dos profissionais da saúde para a melhoria no atendimento clínico e hospitalar das pessoas com deficiência auditiva e surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e seus familiares, possibilitando a inclusão social. “O desenvolvimento do projeto prevê também o oferecimento de palestras, cursos e oficinas com foco na acessibilidade dos surdos à saúde, assim como a promoção de campanhas de conscientização destinadas aos surdos no local de trabalho”, conclui.

Fonte: UFF

Resultado preliminar PIBITI/PIBINOVA – 2019-2020

A Agência de Inovação UFF – AGIR divulga o resultado preliminar do Programa Institucional de Bolsas PIBITI/CNPq e PIBINOVA/PDI/UFF, para a vigência 2019-2020. Para o resultado final, o critério utilizado nas análises dos projetos referiu-se a média das notas finais de 2 avaliadores, professores da universidade.

Os recursos deverão ser solicitados através deste link até o dia 21 de julho de 2019 (Domingo).

Confira o resultado abaixo:Resultado Preliminar PIBITI-PIBINOVA 2019-2020

UFF possui vagas para mestrado em diversidade e inclusão para servidores da instituição

O edital para o mestrado em Diversidade e Inclusão, com 3 vagas para servidores via PQI, está com período de inscrição aberto de 08 de julho até 07 de agosto de 2019. As inscrições deverão ser efetuadas online e serão encerradas às 23h59m do último dia.

O processo seletivo é composto 2 etapas. A primeira são exames escritos: prova de múltipla escolha compreendendo conhecimentos gerais em diversidade e inclusão, prova de Língua Inglesa e prova dissertativa de conhecimentos específicos, que consistirá de questões envolvendo a proposta de projeto que o candidato tenha a pretensão de desenvolver no curso de mestrado. A segunda etapa será uma prova oral.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o setor responsável, SANT/DDA/EGGP, pelo e-mail eggp.progepe@id.uff.br ou telefone 2629-5315.

Participe de cursos gratuitos de planejamento financeiro e estratégia na UFF

O professor do Departamento de Empreendedorismo e Gestão da UFF Eduardo Picanço vai oferecer cursos gratuitos no Espaço Aberto de Aprendizagem em Gestão, programa coordenado pelo próprio professor que visa apresentar à sociedade temas atuais relacionados à gestão de negócios, bem como interconectar pessoas que pretendem empreender, ou que já têm negócios próprios.

As vagas são limitadas a 50 pessoas e podem ser reservadas no site.

Serão oferecidos os cursos:

– “Validando as decisões racionais”, dia 25/07 às 19h

– “Planejamento Financeiro de novos negócios”, dia 08/08 às 19h

– “Oportunidade de negócios para empreendedores imigrantes”, dia 15/08, às 19h

Esse último será transmitido, ao vivo, para brasileiros residentes no exterior. Todos os cursos serão ministrados na sala 604 do prédio 1 da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFF, no Campus do Valonguinho – Centro – Niterói.

Maiores informações podem ser obtidas na secretaria do MBA Executivo em Gestão da UFF, telefone (21) 3674-7796.

UFF desenvolve prótese dentária de baixo custo

O sorriso é algo tão natural que não se pensa muito sobre isso até o dia em que ele muda. Perda de dentes pode ser uma situação muito difícil e abala a autoestima, podendo até alterar a fala. Além disso, afeta também a alimentação, pois a mastigação é comprometida. O processo de adaptação para a utilização de próteses móveis também não é simples. As próteses fixas, por outro lado, além de caras, não são indicadas para todos os casos. Com todas essas preocupações, 

Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBFP) desenvolveram uma prótese de alta eficiência e também de baixo custo para facilitar o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ao tratamento. A iniciativa surge de preocupações decorrentes da perda de dentes, que abala desde a autoestima, podendo até alterar a fala. Além disso, afeta também a alimentação, pois a mastigação é comprometida. O processo de adaptação para a utilização de próteses móveis também não é simples. As próteses fixas, por outro lado, além de caras, não são indicadas para todos os casos.

Os testes do material foram realizados inicialmente em células no Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), sob a coordenação do pesquisador José Mauro Granjeiro e, posteriormente na UFF, sob a coordenação do professor Gutemberg Gomes Alves. Em seguida, foram realizados testes no Laboratório de Experimentação Animal da UFF, com supervisão do professor Rodrigo Resende. Com resultados positivos e seguros, finalmente os testes clínicos (em humanos) foram iniciados. 

Sob a coordenação da professora Monica Calasans, os testes em humanos tiveram como pré-requisito a total ausência de dentes nos participantes. “Todos os participantes de pesquisa foram reabilitados proteticamente e o resultado foi muito surpreendente, pois a solução para a ausência dos dentes foi mais importante do ponto de vista estético e de  convívio social do que da própria função mastigatória”, afirma a pesquisadora.

O apoio para a pesquisa veio por meio do edital Programa para o SUS: Gestão compartilhada em Saúde. Os recursos do PP SUS garantiram a ampliação do Laboratório Associado de Pesquisa Clínica em Odontologia (LPCO), o que permitiu que outros equipamentos fossem inseridos, como o EXAKT System Germany, adquirido com recursos da Rede de Bioengenharia do Estado do Rio de Janeiro. “Agora conseguimos analisar amostras de um tecido mineralizado sem a necessidade de realizar a desmineralização do material. Não só as pesquisas da UFF se beneficiaram, mas também pesquisas na UFRJ, CBPF, IME, Inmetro e outras instituições foram beneficiadas com este equipamento”, garante a coordenadora do trabalho.

Segundo Monica Calasans, os próximos passos da pesquisa, já com todos os testes realizados e com o depósito de patente encaminhado, será a transferência da tecnologia deste material para empresa privada e posterior comercialização.

Biomaterial para simular tecido ósseo

O material produzido é uma hidroxiapatita carbonatada nanoestrutura – material complexo utilizado para compostos biológicos, desenvolvido pelo CBPF e UFF, testado pelo Innmetro e pela UFF, sob a coordenação dos professores José Mauro Granjeiro e Monica Calasans. A hidroxiapatita é um fosfato de cálcio mais estável e indissolúvel em condições ambientes, muito usada para o desenvolvimento de materiais bioativos que simulem a composição do tecido ósseo, pois é capaz de induzir o crescimento desse tecido onde for aplicada. Nessa estrutura, é inserido o ácido carbono (deixando-a carbonatada) e, além disso, é nanoestruturada (materiais complexos em escala nanométrica).

Diferente dos materiais desenvolvidos atualmente no mercado nacional e internacional, essa hidroxiapatita carbonatada nanoestrutura é um biomaterial reabsorvível e permanece por longo período dentro da área implantada. Além disso, o formato de esferas, comprovadamente, reduz possíveis inflamações. O biomaterial foi testado com células, animais e humanas e não apresentou nenhum efeito adverso, com isso, até o momento, não apresenta contraindicações. 

Fonte: Projeto Colabora

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